Economia

Argentina enfrenta desafios econômicos apesar das promessas de recuperação de Milei

Cortes de gastos do governo Milei afetam salários e pensões, enquanto setor privado se recupera. Pobreza e desemprego ainda preocupam.

Presidente da Argentina, Javier Milei, discursa para o Parlamento em Buenos Aires (Foto: REUTERS/Matias Baglietto)

Presidente da Argentina, Javier Milei, discursa para o Parlamento em Buenos Aires (Foto: REUTERS/Matias Baglietto)

Ouvir a notícia

Argentina enfrenta desafios econômicos apesar das promessas de recuperação de Milei - Argentina enfrenta desafios econômicos apesar das promessas de recuperação de Milei

0:000:00

BUENOS AIRES (Reuters) – A crise econômica na Argentina se agrava sob o governo de Javier Milei, que implementou cortes de gastos que impactaram salários e pensões. A medida resultou em aumento da pobreza e do desemprego, enquanto o setor privado apresenta melhora salarial.

Christian Bialogurski, professor de comunicação de 35 anos, relata que seu salário mensal, em um bom mês, é de US$ 450, o que mal cobre suas despesas. “Não é suficiente. Às vezes peço comida à minha mãe”, afirmou. Apesar de algumas políticas de Milei terem estabilizado a economia, como a redução da inflação, os cortes nos gastos públicos afetaram severamente os trabalhadores do setor público.

Os salários do setor público caíram mais de 15% em termos reais desde a posse de Milei, em dezembro de 2023. Em contrapartida, os salários do setor privado aumentaram cerca de 3,3% no mesmo período. Julieta Battaglia, contadora do setor privado, comentou que, embora os salários sejam insuficientes, a queda da inflação trouxe mais previsibilidade.

Aumento da Pobreza e Desemprego

O desemprego e a pobreza aumentaram inicialmente, mas a situação começou a melhorar com a saída da recessão. A taxa de desemprego terminou o ano passado em 6,4%. Contudo, o aumento do trabalho informal, que não oferece seguridade social, torna muitos trabalhadores vulneráveis. Roxana Maurizio, pesquisadora do Conicet, destacou que trabalhadores informais ganham cerca de 41% a menos que os formais.

As manifestações contra a austeridade se tornaram frequentes. Em abril, aposentados protestaram, com Ricardo Bouche, de 69 anos, afirmando que sua pensão de R$ 270.000 (US$ 251) não é suficiente para cobrir suas necessidades básicas. “Não posso nem mesmo comprar meus remédios”, lamentou.

O governo de Milei defende que o ajuste fiscal é necessário e que a queda da inflação está melhorando os salários em termos reais. No entanto, os cortes em infraestrutura e a desregulação do mercado têm afetado negativamente a economia local, resultando em um aumento do descontentamento popular.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela