13 de mai 2025
Bolsa de Buenos Aires dispara com otimismo após acordo entre EUA e China
Fitch Ratings eleva nota de crédito da Argentina para "CCC+", impulsionada por reformas econômicas e novo programa do FMI.
Congresso Nacional da Argentina, em Buenos Aires (Foto: Erica Canepa/Bloomberg)
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A Argentina recebeu um upgrade na nota de crédito pela Fitch Ratings, que passou de "CCC" para "CCC+". Essa mudança foi impulsionada pela suspensão do controle cambial e um novo programa de US$ 20 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI). O presidente Javier Milei busca restaurar a confiança econômica e atrair investimentos, enquanto a normalização do mercado cambial começa a mostrar resultados positivos.
Na Bolsa de Buenos Aires, o índice S&P Merval subiu 5,49% após o anúncio da Fitch e o acordo comercial entre Estados Unidos e China. O dólar oficial caiu para 1.130,63 pesos argentinos, enquanto o dólar blue recuou 0,43%, cotado a 1.170,00 pesos. A Fitch destacou que a nova classificação reflete um ambiente mais otimista, embora a situação ainda seja considerada especulativa.
Milei implementou controles orçamentários para conter a inflação, que é uma das mais altas do mundo. A Fitch observou que os desenvolvimentos recentes aumentaram a capacidade do governo de honrar suas dívidas no curto prazo, mas desafios fiscais e políticos permanecem. O partido de Milei teve um bom desempenho nas eleições provinciais, consolidando sua presença em várias regiões.
A elevação da nota de crédito é um sinal positivo para a recuperação econômica da Argentina, que busca atrair investimentos estrangeiros diretos. A Fitch não atribui perspectiva a títulos soberanos com notas "CCC+" ou inferiores, mas a mudança indica uma leve melhora na percepção de risco do país. A confiança dos investidores aumentou, refletida na valorização dos títulos soberanos argentinos, que subiram 0,7 centavo nesta segunda-feira, sendo negociados a 68 centavos por dólar.
Milei também planeja incentivar os argentinos a trazerem de volta ao sistema financeiro os US$ 214 bilhões que estão guardados fora da economia. A proposta inclui a dispensa da obrigação de justificar a origem do dinheiro, visando aumentar a confiança no governo e estimular o investimento interno.
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