Economia

Energia limpa pela primeira vez reduz emissões de CO2 na China

Emissões de CO2 na China caem 1,6% no primeiro trimestre de 2023, impulsionadas por energias renováveis, mas futuro é incerto.

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As emissões de dióxido de carbono (CO2) na China apresentaram uma queda de 1,6% no primeiro trimestre de 2023, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Este é um marco significativo, pois representa a primeira redução estrutural nas emissões, impulsionada pelo crescimento das energias solar, eólica e nuclear.

De acordo com o relatório do pesquisador finlandês Lauri Myllyvirta, do Carbon Brief, essa diminuição ocorre mesmo com o aumento da demanda por energia no país. A capacidade de geração de energia limpa tem contribuído para essa redução, que também foi de 1% nos últimos 12 meses. As emissões haviam atingido um platô em março de 2022, mas agora os dados indicam uma mudança positiva.

Contexto das Emissões

Historicamente, as quedas nas emissões chinesas foram atribuídas a crises econômicas e restrições, como a crise financeira de 2009 e as medidas de controle da Covid-19 em 2022. Myllyvirta destaca que, ao contrário dessas situações, a atual redução é sustentada pelo aumento da energia limpa.

Analistas, como David Fishman, da consultoria The Lantau Group, alertam que uma eventual recuperação do setor imobiliário pode reverter essa tendência, devido ao aumento no consumo de materiais de alta emissão, como cimento e aço. Por outro lado, TP Huang, analista chinês, observa que as emissões do setor químico ainda estão em crescimento, mas prevê uma reversão nos próximos anos.

Perspectivas Futuras

As expectativas para a continuidade dessa tendência de redução de emissões são cautelosas. Myllyvirta afirma que a tendência deve continuar em 2025, mas o futuro dependerá das metas de energia limpa e emissões que serão definidas no próximo plano quinquenal da China. A priorização do consumo interno, especialmente após a guerra tarifária com os Estados Unidos, também pode influenciar as emissões futuras.

A situação atual representa um passo importante para a China em sua busca por um futuro mais sustentável, mas a confirmação da sustentabilidade dessa redução ainda está por vir.

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