17 de mai 2025
Reino Unido supera China e se torna segundo maior detentor de títulos do Tesouro dos EUA
Reino Unido supera China e se torna o segundo maior detentor de títulos do Tesouro dos EUA, enquanto a demanda externa continua em alta.
Departamento do Tesouro dos EUA em Washington, DC.: ainda o emissor considerado o mais seguro do mundo, mas riscos aumentam (Foto: Bloomberg/Ting Shen)
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A China continua a reduzir suas participações em títulos do Tesouro dos Estados Unidos, enquanto o Reino Unido se tornou o segundo maior detentor desses ativos. Dados oficiais revelaram que, em março, o Reino Unido ultrapassou a China pela primeira vez em mais de duas décadas, com um aumento significativo em suas participações.
O estoque de títulos do Reino Unido chegou a US$ 779,3 bilhões, superando os US$ 765,4 bilhões da China. Este movimento ocorre em um contexto de crescente demanda por títulos do Tesouro, que atingiu um novo recorde de US$ 9,05 trilhões em março, com um aumento de US$ 233,1 bilhões. A China, por sua vez, registrou vendas líquidas de US$ 27,6 bilhões em títulos de longo prazo.
Mudanças no Mercado
A redução das participações chinesas é vista como uma estratégia para encurtar a maturidade de seu portfólio, segundo Brad Setser, ex-funcionário do Tesouro dos EUA. Ele afirmou que a China está adotando um movimento para diminuir a duração de seus investimentos em dólar.
Além do Reino Unido, outros países, como Japão, Canadá e Bélgica, também aumentaram suas participações em títulos do Tesouro. O Japão, por exemplo, viu seu estoque crescer para US$ 1,13 trilhão. As Ilhas Cayman, um popular domicílio para fundos hedge, também aumentaram suas reservas em US$ 37,5 bilhões, totalizando US$ 455,3 bilhões.
Impacto das Políticas Comerciais
As políticas comerciais agressivas dos Estados Unidos, especialmente durante a administração de Donald Trump, têm influenciado a demanda por títulos do Tesouro. As tarifas impostas e as tensões comerciais provocaram volatilidade no mercado, levando a uma onda de vendas de títulos e ações. O índice do dólar Bloomberg caiu 1,8% em março, refletindo essa instabilidade.
Recentemente, o clima de tensão parece ter diminuído após uma reunião entre autoridades dos EUA e da China, que resultou em um conjunto menor de tarifas. A administração Trump também anunciou um acordo comercial com o Reino Unido, o que pode impactar ainda mais o cenário econômico global.
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