17 de mai 2025
Taiwan desliga último reator nuclear e debate sobre energia atômica se intensifica
Taiwan desliga seu último reator nuclear, levantando preocupações sobre segurança energética e reavivando debates sobre energia atômica.
Usina nuclear de Maanshan, no sul de Taiwan (Foto: I-Hwa Cheng/AFP)
Ouvir a notícia:
Taiwan desliga último reator nuclear e debate sobre energia atômica se intensifica
Ouvir a notícia
Taiwan desliga último reator nuclear e debate sobre energia atômica se intensifica - Taiwan desliga último reator nuclear e debate sobre energia atômica se intensifica
Taiwan desligou seu último reator nuclear neste sábado (17), na usina de Maanshan, devido ao vencimento da licença de operação de 40 anos. O reator, que representava cerca de 3% da geração total de energia da ilha, foi desconectado por volta das 22h e desligado com segurança à meia-noite, segundo a concessionária estatal Taiwan Power.
O fechamento do reator intensifica o debate sobre a segurança energética em Taiwan, especialmente em um contexto de crescente tensão com a China. As autoridades estão considerando a reativação de reatores desativados para garantir a continuidade do fornecimento de energia. Na última terça-feira (13), legisladores revisaram um projeto de lei que permite a extensão da vida útil das usinas nucleares por até 20 anos.
A segurança energética é crucial para Taiwan, que abriga importantes fabricantes de chips, como a TSMC. O novo projeto de lei sugere uma possível reversão na política energética da ilha, alinhando-a com o ressurgimento global do interesse em energia nuclear, que é uma fonte de baixo carbono e ininterrupta.
A reativação da usina de Maanshan, no entanto, pode levar de dois a quatro anos para ser concluída, mesmo após as verificações de segurança necessárias. Enquanto isso, Taiwan deve continuar dependendo do gás natural liquefeito (GNL) importado para suprir suas necessidades energéticas, especialmente nos setores de inteligência artificial e semicondutores.
Para garantir um fornecimento estável, a Taiwan Power planeja adicionar quase 5 GW de capacidade de geração a gás à rede este ano, equivalente a cinco reatores nucleares. Além disso, outros 3,5 GW de capacidade serão adicionados a partir de fontes de energia eólica e solar. Contudo, os custos de operação das usinas de GNL são aproximadamente o dobro dos da energia nuclear, o que pode levar o governo a aumentar os preços da eletricidade no futuro.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.