23 de mai 2025
Argentina espera desembolso de US$ 2 bilhões do FMI, apesar de metas não cumpridas
Argentina espera desembolso de US$ 2 bilhões do FMI, enquanto propõe mudanças tributárias para estimular uso de dólares não declarados.
Banco Central da Argentina (Foto: Bloomberg)
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Autoridades argentinas informaram a investidores em Londres que esperam receber um desembolso de US$ 2 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI) no próximo mês. A expectativa surge mesmo após o não cumprimento da meta de recomposição das reservas internacionais. O presidente do Banco Central, Santiago Bausili, e o secretário de Política Econômica, José Luis Daza, participaram da reunião em 14 de maio, mas não confirmaram oficialmente a liberação do recurso.
O novo programa do FMI, que totaliza US$ 20 bilhões, foi anunciado em abril. O governo se comprometeu a acumular US$ 4,4 bilhões em reservas líquidas até junho, mas as reservas totais do banco central diminuíram desde o desembolso anterior de US$ 12 bilhões. O presidente Javier Milei minimizou a importância de acumular reservas, citando o regime de câmbio flutuante.
Mudanças no sistema tributário também estão em pauta. O governo propôs uma revisão para incentivar o uso de dólares não declarados. A partir de 23 de maio, a agência tributária, ARCA, deixará de coletar informações detalhadas sobre transações abaixo de 50 milhões de pesos (cerca de US$ 43.700). O objetivo é reduzir a burocracia e estimular a economia, que enfrenta desafios após anos de controles monetários.
O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que a mudança visa “devolver a liberdade ao povo” e parar de tratar cidadãos como criminosos por buscarem refúgio na informalidade. A economia argentina, que cresceu 5,6% em março, ainda enfrenta desafios, como uma inflação mensal de 3,7% e a necessidade de atrair dólares mantidos fora do sistema bancário.
O governo busca estimular o consumo e manter a inflação baixa antes das eleições de meio de mandato em outubro. A expectativa é que as novas medidas ajudem a remonetizar a economia, que ainda depende fortemente do dólar.
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