Trump reativa guerra comercial e mercado de títulos enfrenta turbulência econômica

O desempenho da economia dos Estados Unidos deve se tornar mais claro até o final da semana, em meio às políticas controversas do presidente Donald Trump. A guerra comercial e a proposta de reforma tributária têm gerado incertezas, afetando a confiança do consumidor e o crescimento econômico. A expectativa é de que novos dados sobre confiança e gastos mostrem uma leve melhora.

Na próxima terça-feira, o Conference Board divulgará sua pesquisa de confiança do consumidor para maio, após uma queda significativa em abril. Economistas projetam uma leve recuperação. Na sexta-feira, a Universidade de Michigan apresentará uma versão revisada de sua pesquisa, que já indicou um dos menores índices de confiança desde 1952.

Além disso, o Departamento de Comércio publicará uma nova estimativa do PIB do primeiro trimestre, que já havia mostrado uma queda de 0,3%, o pior desempenho desde 2022. Os dados de gastos das famílias também serão divulgados, com um aumento de 0,7% em março, à medida que os consumidores anteciparam compras para evitar os efeitos das tarifas.

Mercado Imobiliário

O mercado imobiliário enfrenta desafios, com taxas de hipoteca elevadas e preços em alta. A S&P Global divulgará o índice de preços de casas, que já mostrou um crescimento anual de 3,9% em fevereiro. A Associação Nacional de Corretores de Imóveis reportará as vendas de casas em abril, que tiveram um aumento de 6,1% em março, impulsionado pelo crescimento do emprego.

As taxas de hipoteca, que atingiram 6,86%, estão pressionando a demanda por imóveis. O rendimento do título do Tesouro de 10 anos ultrapassou 4,61%, influenciando diretamente as taxas de empréstimos.

Expectativas do Fed

Os comentários de autoridades do Federal Reserve serão observados de perto, já que eles podem indicar a direção das taxas de juros. Até o momento, o Fed tem adotado uma postura cautelosa, aguardando mais clareza sobre os impactos das políticas de Trump. A resiliência do mercado de trabalho tem permitido ao Fed manter a taxa de juros estável, sem necessidade de cortes imediatos.