06 de jun 2025
Banco Central da Rússia reduz taxa de juros para 20% em meio a pressões inflacionárias
Banco Central da Rússia reduz taxa de juros para 20%, sinalizando queda da inflação, mas desafios econômicos persistem.
Reunião de Vladimir Putin, presidente da Federação Russa, com Elvira Nabiúllina, presidenta do Banco de Rússia, em uma imagem de arquivo. (Foto: AP)
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O Banco Central da Rússia anunciou a redução da taxa de juros para 20%, uma queda de um ponto percentual em relação ao recorde de 21% estabelecido em outubro de 2024. A decisão reflete uma desaceleração da inflação, que caiu para 6,2% em abril de 2025, após um período de alta acentuada. A medida visa estabilizar a economia, que ainda enfrenta desafios devido à guerra na Ucrânia e sanções internacionais.
A governadora do Banco Central, Elvira Nabiúllina, destacou que a instituição manterá uma política monetária restritiva para garantir que a inflação retorne ao alvo de 4% até 2026. Apesar da redução da taxa, Nabiúllina não descartou a possibilidade de novos aumentos caso a inflação volte a acelerar. O ministro das Finanças, Antón Siluanov, e o ministro de Desenvolvimento Econômico, Maxim Reshétnikov, apoiaram a decisão de cortar os juros para estimular o crescimento econômico.
Desempenho do Rublo
O rublo se valorizou, tornando-se a moeda de melhor desempenho em 2025, com uma valorização de mais de 40%. Essa recuperação é atribuída a controles de capital e à conversão de receitas de exportação em rublos. O fortalecimento da moeda russa também se deve à diminuição da demanda por moeda estrangeira, já que as importações caíram devido à alta dos custos de empréstimos.
A inflação subjacente, que considera apenas produtos básicos, está em 4,4%. No entanto, a percepção da população sobre a qualidade de vida é negativa, com apenas 10% acreditando que suas condições melhoraram. O aumento dos salários médios, que superou R$ 100 mil, não se traduziu em uma melhoria significativa para a maioria da população.
Desafios Econômicos
O Banco Central alertou que os desequilíbrios econômicos persistem, principalmente devido ao alto gasto militar e à pressão sobre o setor privado. A economia russa ainda enfrenta riscos inflacionários, especialmente com a queda dos preços do petróleo, que pode agravar a escassez de divisas. A instabilidade geopolítica e as sanções internacionais continuam a impactar negativamente a economia do país.
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