25 de jun 2025

Receita da Arábia Saudita com petróleo atinge menor nível em quatro anos
Arábia Saudita enfrenta pressão fiscal com queda de 21% nas exportações de petróleo, impactando o programa Vision 2030.

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A Arábia Saudita registrou uma queda significativa em suas receitas de exportação de petróleo, atingindo US$ 16,5 bilhões em abril, o menor valor em quase quatro anos. Essa redução representa uma diminuição de 21% em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 7% em comparação com março. A queda nos preços internacionais do petróleo, especialmente do Brent, que recuou para US$ 68 por barril, intensifica a pressão sobre as finanças do país.
Os dados, divulgados pela autoridade estatística saudita e analisados pela Bloomberg, refletem um cenário desafiador. O preço do Brent caiu mais de 15% em abril, influenciado por novos impostos comerciais dos Estados Unidos e pela decisão da Opep+ de aumentar a produção. Apesar de uma leve recuperação nos preços, a commodity acumula uma queda de aproximadamente 9% no ano, após uma breve alta relacionada ao conflito entre Irã e Israel.
Pressão Fiscal e Desafios Econômicos
A retração nas receitas petrolíferas agrava a situação fiscal da Arábia Saudita, que já enfrenta déficits mais profundos. O governo continua a investir pesadamente no programa Vision 2030, liderado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. Segundo Mohamed Abu Basha, chefe de análise macroeconômica do EFG Hermes, preços em torno de US$ 65 por barril podem aumentar o déficit e a necessidade de financiamento.
Embora as pressões fiscais sejam gerenciáveis no curto prazo, devido à robustez do balanço saudita e ao acesso ao crédito, a continuidade dos preços baixos pode forçar Riad a revisar seus planos de gastos e implementar ajustes fiscais. A próxima reunião da Opep+, marcada para 6 de julho, será crucial para definir a produção de agosto, com a Arábia Saudita inclinada a manter o aumento na oferta.
Expectativas do Mercado
A reunião será observada atentamente por analistas e investidores, que buscam sinais sobre os próximos passos do mercado. Apesar da estabilidade na produção, o consumo da China, maior importador de petróleo do mundo, permanece abaixo das expectativas, o que contribui para um clima de cautela entre os agentes do setor. A situação atual destaca os desafios que a Arábia Saudita enfrenta em um cenário de volatilidade no mercado global de petróleo.
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