Economia

Crise atual reflete falhas na liderança americana, afirma Nobel de Economia

Krugman destaca incertezas na economia dos EUA e alerta para riscos de recessão, citando desvalorização do dólar e perda de confiança dos investidores.

Economista vê inflação pressionada e risco de recessão dos Estados Unidos — e acredita que a erosão da confiança na maior economia do mundo vai persistir para além de Donald Trump (Foto: Reprodução/Exame)

Economista vê inflação pressionada e risco de recessão dos Estados Unidos — e acredita que a erosão da confiança na maior economia do mundo vai persistir para além de Donald Trump (Foto: Reprodução/Exame)

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Paul Krugman alerta para riscos de recessão nos EUA

O renomado economista Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia em 2008, expressou preocupações sobre a economia americana durante evento da Anbima em São Paulo. “Não me lembro de um momento na história em que as coisas estivessem tão incertas”, afirmou Krugman, referindo-se ao cenário econômico global em 2025. Ele destacou que a crise não é da globalização, mas da liderança dos Estados Unidos.

Krugman criticou a política tarifária de Donald Trump, que, segundo ele, pode resultar em uma inflação elevada e uma possível recessão. “Se os EUA continuarem com as políticas atuais, o comércio americano pode cair cerca de 50%”, alertou. O economista acredita que a reversão das tarifas não trará alívio duradouro, pois o impacto no comércio internacional pode demorar a se manifestar.

Desvalorização do Dólar

Outro ponto abordado foi a desvalorização do dólar, que Krugman classificou como “peculiar”. Ele observou que, em um cenário de aumento de tarifas, a moeda americana deveria se valorizar, mas o contrário está acontecendo. “Os EUA estão perdendo a confiança dos investidores internacionais”, disse, ressaltando que a percepção de segurança em relação ao dólar está diminuindo.

Apesar das incertezas, Krugman não acredita que o dólar será substituído por outra moeda dominante. Ele mencionou que, embora as stablecoins estejam em ascensão, ainda estão longe de substituir a moeda americana em transações globais. “O dólar ainda é especial — de um jeito que os EUA talvez não sejam mais”, concluiu.

Futuro da Liderança Americana

Sobre a possibilidade de os EUA recuperarem sua posição institucional, Krugman afirmou que isso dependeria de uma sequência de presidentes razoáveis. “Não acho que vou viver para ver os EUA voltarem ao que eram”, finalizou, deixando claro que o futuro econômico do país permanece incerto.

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