Economia

Estrangeiros demonstram otimismo com o Brasil, enquanto preços são influenciados por fatores externos

Investidores internacionais diversificam portfólios e favorecem Brasil, atraídos por ativos a preços atrativos e reformas econômicas.

André Esteves, chairman do BTG Pactual, no Global Manager Conference 2025 (Foto: Reprodução)

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Os portfólios globais estão passando por uma reavaliação significativa, com investidores internacionais reduzindo a exposição em ativos dos Estados Unidos e voltando sua atenção para o Brasil. André Esteves, presidente do conselho do BTG Pactual, destacou essa mudança durante o Global Managers Conference Brasil 2025. Ele observou que, embora não haja uma saída total das ações americanas, há uma diminuição nas posições em treasuries e dólar.

Esteves enfatizou que o Brasil se beneficia dessa diversificação, atraindo capital estrangeiro devido a ativos a preços atrativos e uma agenda de reformas. O otimismo em relação ao país tem crescido, impulsionado por taxas de juros elevadas e um crescimento econômico consistente. "O Brasil tem bons ativos e empresas a um valuation atraente", afirmou.

O executivo também mencionou que as notícias locais, como a derrubada da cobrança do IOF, não têm um impacto tão significativo no mercado quanto fatores externos. Ele acredita que a percepção do investidor internacional sobre o Brasil é mais positiva do que a do investidor local. "Esse pouquinho de diversificação fez com que os investidores fossem dar uma andada pelo mundo e passaram por aqui", disse Esteves.

Mudanças no Mercado Global

A dinâmica do mercado global está mudando, com o dólar perdendo força após uma década de predominância. Esteves comparou os Estados Unidos a um "buraco negro" que atrai capital, mas acredita que o crescimento das ações americanas pode ter atingido um pico. Ele destacou que, apesar de a economia americana estar forte, o Federal Reserve deve manter as taxas de juros inalteradas.

Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual, também participou do evento e abordou o problema fiscal do Brasil. Ele afirmou que a solução para o déficit primário do país depende da desaceleração dos gastos públicos, independentemente do governo em exercício. Almeida ressaltou que, mesmo com uma carga tributária elevada, o Brasil continua enfrentando desafios fiscais.

Ambos os executivos concordaram que a percepção sobre o risco fiscal no Brasil melhorou, com uma maior cobrança sobre o governo para não gastar mais do que arrecada. Esteves e Almeida destacaram a importância de manter uma política fiscal responsável para garantir o crescimento econômico sustentável do país.

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