Economia

Dados econômicos desafiam previsões sobre efeitos das tarifas comerciais

Federal Reserve enfrenta pressão para cortar juros, enquanto dados de emprego e inflação podem definir a política monetária nos próximos meses.

Analistas esperam que a inflação acelere nos próximos meses, mas - (Foto: Bloomberg/Luke Sharrett)

Analistas esperam que a inflação acelere nos próximos meses, mas - (Foto: Bloomberg/Luke Sharrett)

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A inflação nos Estados Unidos continua a ser um tema central, especialmente após as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump. Economistas acreditam que essas tarifas podem elevar os preços nos próximos meses, mas dados recentes indicam que a inflação se manteve moderada, gerando divisões no Federal Reserve (Fed) sobre a necessidade de cortes nas taxas de juros.

Nos últimos dias, dois diretores do Fed expressaram publicamente que um corte nas taxas poderia ser apropriado já em julho, desafiando o presidente do Fed, Jerome Powell. A pressão da Casa Branca sobre Powell tem aumentado, com o governo argumentando que não há justificativa para manter as taxas elevadas. O relatório de empregos, a ser divulgado em 3 de julho, e o índice de preços ao consumidor, em 15 de julho, são esperados para influenciar a política monetária.

William English, professor da Yale School of Management, destacou que a situação atual é inédita, tornando difícil prever o impacto das tarifas na economia. O presidente Trump intensificou os ataques ao Fed, chamando Powell de “idiota” e “destrutivo”. O diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, também se posicionou a favor de cortes nas taxas, afirmando que os dados recentes devem levar o Fed a reconsiderar sua postura.

Os analistas projetam que a inflação pode acelerar nos próximos meses, conforme as tarifas começam a impactar os preços. Powell indicou que espera aumentos de preços significativos nos dados de junho, julho e agosto. No entanto, ele também reconheceu que o impacto pode ser menor do que o esperado, o que poderia alterar a abordagem do Fed.

Os dados de emprego e gastos do consumidor também serão cruciais. A expectativa é que a taxa de desemprego suba para 4,3% em junho, o maior nível desde 2021. A recente queda nos gastos das famílias em serviços discricionários levanta preocupações sobre o consumo futuro. A dinâmica entre importadores e consumidores em relação às tarifas ainda é incerta, mas há indícios de que os custos podem ser repassados ao consumidor.

O cenário atual reflete a complexidade da política monetária em um ambiente de incertezas econômicas, com o Fed tentando equilibrar a necessidade de estimular a economia sem provocar uma inflação indesejada.

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