26 de mai 2025
Justiça alemã condena ex-dirigentes da Volkswagen por fraude no escândalo "dieselgate"
Ex dirigentes da Volkswagen são condenados por fraude no escândalo "dieselgate", com penas de até quatro anos e meio de prisão.
Sede da Volkswagen em Wolfsburg, na Alemanha: escândalo fez a gigante da indústria automobilística perder 33 bilhões de euros até agora. (Foto: Krisztian Bocsi/Bloomberg)
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A Justiça alemã condenou quatro ex-dirigentes da Volkswagen por fraude relacionada ao escândalo "dieselgate", que veio à tona em 2015. As penas variam de um ano e três meses a quatro anos e meio de prisão. O ex-CEO Martin Winterkorn teve seu julgamento separado por questões de saúde.
O Tribunal Regional de Braunschweig considerou que os réus estavam cientes das manipulações nas emissões de poluentes, que afetaram milhões de veículos. O juiz Christian Schütz destacou que as autoridades não foram informadas sobre as emissões reais, que eram significativamente mais altas. A Volkswagen admitiu ter equipado cerca de 11 milhões de carros com um software que burlava os testes de emissões.
Entre os condenados, Jens H., ex-chefe de desenvolvimento de motores a diesel, recebeu a pena mais severa: quatro anos e meio de prisão. Hanno J., ex-chefe de eletrônica de acionamento, foi condenado a dois anos e sete meses. O ex-chefe de desenvolvimento, Heinz-Jakob Neusser, e o ex-chefe de departamento Thorsten D. receberam penas em liberdade condicional, de um ano e três meses e um ano e dez meses, respectivamente.
Os condenados têm o direito de recorrer. O julgamento de Winterkorn, que renunciou após o escândalo, foi separado devido a problemas de saúde. Ele foi interrogado como testemunha em outro processo, onde negou responsabilidade. O escândalo resultou em custos de cerca de 33 bilhões de euros para a Volkswagen, incluindo multas e indenizações a compradores.
Além deste julgamento, outros processos relacionados ao "dieselgate" continuam. O ex-CEO da Audi, Rupert Stadler, foi condenado em junho de 2023 a um ano e nove meses de prisão em liberdade condicional. O caso permanece em andamento, com mais réus aguardando julgamento.
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