Petróleo registra queda com correções e avanço de acordo de cessar-fogo em Gaza

Os contratos futuros de petróleo apresentaram queda nesta terça-feira, 14 de janeiro de 2024, após um período de valorização. A expectativa de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas influenciou a pressão sobre os preços. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em queda de 1,20%, a US$ 76,37 o barril, enquanto o Brent na Intercontinental Exchange (ICE) recuou 1,34%, a US$ 79,92 o barril.

No final da tarde, autoridades árabes, norte-americanas e israelenses informaram à CBS News que um projeto de acordo para o cessar-fogo, incluindo a libertação de reféns, foi acertado em princípio e pode ser finalizado ainda esta semana. Além disso, compradores de petróleo na Ásia estão buscando apoio da Opep+ devido a novas sanções dos EUA à Rússia, que podem afetar o fornecimento.

A Capital Economics alertou que as sanções podem manter os preços elevados no curto prazo, mas prevê uma queda do WTI para US$ 70 o barril até o final do ano, devido ao aumento da oferta da Opep+ e ao fraco crescimento da demanda. Matt Stephani, gerente do Cavanal Hill World Energy Fund, destacou que "há petróleo demais armazenado", o que gera incertezas sobre os estoques até que parte do suprimento da Opep retorne ao mercado.

O Departamento de Energia dos Estados Unidos projetou que o preço do Brent deve recuar para US$ 66 o barril em 2026, mantendo a previsão de US$ 74 para o preço médio em 2025. A análise sugere que o otimismo em relação ao crescimento da produção de petróleo nos EUA pode não se concretizar, especialmente com os preços em queda.