Petróleo fecha em baixa com expectativa de cessar-fogo entre Israel e Hamas

Os contratos futuros de petróleo apresentaram queda nesta sexta-feira, 17 de novembro de 2024, influenciados pela diminuição das tensões no Oriente Médio, que reduziram os prêmios de risco da commodity. Um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que inclui a possibilidade de uma diminuição nas tensões com o Irã e o grupo Houthi no Iémen, contribuiu para essa situação. O fortalecimento do dólar também pressionou os preços do petróleo, que é cotado na moeda americana. Apesar da queda, o petróleo encerrou a semana com ganhos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em baixa de 0,59%, a US$ 77,39 o barril. Já o Brent, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,61%, a US$ 80,79 o barril. Ao longo da semana, ambos os tipos de petróleo registraram altas de 2,15% e 1,12%, respectivamente. O Gabinete de Segurança de Israel aprovou o cessar-fogo e o acordo de reféns com o Hamas, o que reforçou a queda nos contratos futuros.

O Swissquote Bank prevê que a trajetória do petróleo deve ser ascendente, considerando possíveis sanções de Donald Trump a países produtores como Venezuela e Irã. Por outro lado, o ING aponta que os riscos crescentes de fornecimento continuam a oferecer suporte aos preços do óleo. Informações indicam que Rússia e Irã estão fortalecendo suas relações, tanto no âmbito militar quanto energético.

O Commerzbank, com base nas previsões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), destaca que o mercado petrolífero foi significativamente subabastecido no ano anterior e prevê um déficit de oferta considerável para este ano. A Opep e seus aliados (Opep+) podem reverter cortes de produção, mas o banco acredita que as previsões de demanda da Opep são excessivamente otimistas. Além disso, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA caiu para 478, uma redução de 2 na semana.