23 de jan 2025
Dólar encerra abaixo de R$ 6 pela segunda vez consecutiva, menor nível desde novembro
O dólar fechou a R$ 5,92, abaixo de R$ 6, pela segunda vez consecutiva. A queda do dólar é impulsionada por declarações de Trump sobre tarifas à China. Expectativas positivas para o agronegócio brasileiro reforçam a desvalorização da moeda. O Ibovespa opera em volatilidade, pressionado por incertezas fiscais e inflação. O Banco Central deve elevar a Selic em 1 ponto percentual na próxima reunião.
Taxa de câmbio (Foto: Bruno Domingos/Reuters/Divulgação)
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O dólar encerrou a quinta-feira, 23 de janeiro de 2024, cotado a R$ 5,92, mantendo-se abaixo de R$ 6 por dois dias consecutivos, o menor valor desde novembro do ano passado. Segundo Anderson Silva, chefe de renda variável da GT Capital, essa queda reflete a diminuição da fuga de capital do Brasil e a expectativa de um semestre favorável para o agronegócio. Silva destaca que o Brasil se beneficia das exportações agrícolas nesse período, o que pode ajudar a manter o dólar em níveis baixos.
Enquanto isso, o Ibovespa apresentou queda de 0,4%, fechando a 122.483 pontos, pressionado por incertezas fiscais e projeções econômicas negativas, como o aumento da inflação e da taxa Selic. O Banco Central deve elevar a Selic em 1 ponto percentual na próxima reunião do Copom, sob a nova direção de Gabriel Galípolo. A volatilidade nos mercados também foi acentuada pelas declarações de Donald Trump no Fórum Econômico Mundial, que indicaram a possibilidade de tarifas mais altas sobre alguns países, aumentando as preocupações sobre uma guerra comercial.
No cenário internacional, Trump afirmou ter uma boa relação com o presidente chinês, Xi Jinping, e expressou a esperança de um acordo comercial. Ele mencionou que prefere não impor tarifas à China, embora as considere um "poder tremendo". As declarações de Trump impactaram o mercado, levando o dólar a operar em queda globalmente, enquanto o índice DXY, que mede o desempenho do dólar, recuou 0,67%.
Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) também fecharam em alta, refletindo a expectativa de aumento da Selic e a influência dos Treasuries no exterior. A taxa do DI para julho de 2025 subiu para 14,095%, enquanto a taxa para janeiro de 2026 atingiu 15,045%. O leilão de títulos prefixados do Tesouro e a movimentação no mercado de DIs foram fatores que contribuíram para essa alta, com analistas destacando a importância do leilão na pressão sobre a curva de juros.
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