27 de jan 2025
Bancos brasileiros dominam M&A e projetam crescimento no segundo semestre de 2024
Bancos brasileiros dominam M&A, com BTG Pactual liderando operações em 2023. O volume de M&A cresceu para US$ 13,4 bilhões, quase o dobro do ano anterior. Setores como tecnologia e saneamento atraem investidores internacionais, especialmente do Oriente Médio. Expectativa de aumento nas transações em 2024, impulsionadas por leilões de infraestrutura. Juros altos e incertezas fiscais impactam apetite dos investidores, mas fusões locais devem continuar.
Bruno Amaral, sócio do BTG: mais de US$ 13 bilhões em M&As (Foto: Divulgação)
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Os bancos de investimento brasileiros enfrentam o terceiro ano consecutivo de queda nas receitas, mas têm conseguido aumentar sua participação no mercado. Em cenários de volatilidade e juros altos, o relacionamento com instituições financeiras se torna crucial, resultando em mais emissões de dívida local e um aumento nas fusões e aquisições (M&A) nacionais. Itaú BBA, BTG Pactual e Bradesco BBI lideraram o volume geral de operações, com o BTG se destacando em M&A, assessorando 63 transações que totalizaram US$ 13,4 bilhões.
Apesar de uma queda de 25% nas receitas de M&A, o volume de operações cresceu 33%, totalizando 815 transações. O Brasil representa 50% das M&As na América Latina, abrangendo setores como infraestrutura e energia. Bruno Amaral, do BTG, destaca que a privatização da Sabesp e outras grandes transações foram significativas. Para 2024, ele prevê um aumento nas atividades de M&A no segundo semestre, influenciado pela incerteza em relação à taxa de juros nos EUA e o cenário fiscal brasileiro.
O Bradesco BBI subiu de 10ª para 3ª posição no ranking da Dealogic, assessorando 43 operações que somaram US$ 10,4 bilhões. André Moor, do Bradesco, enfatiza que a execução eficaz é vital em tempos de incerteza. O Itaú BBA também participou de grandes transações, incluindo fusões significativas entre empresas do mesmo setor, que devem continuar devido aos altos juros no Brasil.
O setor de tecnologia e provedores de internet deve ver movimentações, com empresas como Vitru e Cruzeiro do Sul Educacional buscando fusões. Embora o investimento estrangeiro no Brasil tenha diminuído, setores como infraestrutura e energia ainda atraem interesse internacional, especialmente do Oriente Médio. Amaral observa que, apesar do foco em investimentos nos EUA, há um potencial crescente para transações no Brasil, especialmente em áreas como óleo e gás e agronegócio.
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