Economia

Fundos de pensão buscam diversificação no exterior com dólar em alta

Fundos de pensão no Brasil priorizam renda fixa, com retornos acima de 13,25%. Estudo da Mercer revela que 20% dos fundos planejam diversificação internacional. Valorização do dólar e do S&P 500 impulsionam busca por ativos no exterior. Gestores visam reduzir riscos de concentração no Brasil, investindo em moeda forte. Expectativas negativas para a economia local contrastam com otimismo global.

Maurício Martinelli, líder da área de investimentos da Mercer (Foto: Divulgação)

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A alocação em renda fixa permanece como a principal estratégia dos fundos de pensão no Brasil, especialmente após o ajuste do Banco Central, que elevou a expectativa de retorno para mais de 13,25% ao ano. Contudo, a diversificação se torna essencial, e gestores estão voltando seu olhar para investimentos internacionais. Um estudo da Mercer, que abrange 54 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EPFC) com um patrimônio total de R$ 314 bilhões, revela que 20% dos fundos planejam aumentar sua exposição ao exterior em 2025, especialmente os planos de Contribuição Definida.

Os índices globais, como MSCI e S&P 500, estão entre as preferências de investimento. Segundo Maurício Martinelli, líder de investimentos da Mercer, a valorização de 27% do dólar e 23% do S&P 500 no ano passado fez com que muitas entidades percebessem que estavam perdendo oportunidades ao não investirem fora do Brasil. A maioria dos fundos que pretende aumentar a alocação internacional atualmente não possui investimentos nesse segmento ou tem percentuais muito baixos.

A legislação permite que os fundos destinem de 0% a 10% de seus ativos a investimentos internacionais. Martinelli destaca que alguns fundos que não tinham aplicações no exterior acreditavam que as bolsas já haviam se valorizado o suficiente. No entanto, a busca por diversificação é impulsionada pela necessidade de reduzir o risco de concentração no Brasil e aproveitar a força do dólar. A decisão do Federal Reserve de manter os juros entre 4,25% e 4,50% também influencia o cenário econômico brasileiro, aumentando a pressão sobre juros e inflação.

Uma pesquisa da XP indica que 83% dos gestores de fundos multimercado têm uma visão negativa da economia brasileira, enquanto 47% veem a economia global de forma positiva. A expectativa de juros superiores a 15% no Brasil diminui o interesse em ações e imóveis. Martinelli observa que os gestores buscam se desvincular da economia brasileira, visando retornos em moeda forte e diversificação em setores distintos. Apesar da concentração da Bolsa brasileira em commodities e finanças, as ações nacionais devem permanecer nos níveis atuais, com possibilidade de pequenas reduções ao longo do ano.

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