11 de fev 2025
Verde Asset atribui valorização do real a fatores técnicos e alerta sobre riscos fiscais
A gestora Verde Asset atribui a valorização do real a fatores técnicos, não fundamentais. Em janeiro, o fundo Verde teve retorno de 1,64%, superando o CDI de 1,01%. A incerteza sobre políticas do governo Trump levou a Verde a zerar posições em moedas. A gestora mantém posições reduzidas na bolsa local e aumenta exposição global. Discussões sobre isenção do Imposto de Renda podem elevar preocupações fiscais no Brasil.
Foto: Reprodução
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A gestora Verde Asset atribuiu a recente valorização do real frente ao dólar a fatores técnicos do mercado, sem mudanças significativas nos fundamentos econômicos. Em sua carta de janeiro, divulgada na noite de segunda-feira (10), a gestora, liderada por Luís Stuhlberger, observou que o câmbio e os juros locais estavam pressionados por um pessimismo extremo dos investidores, resultando em uma descompressão quando não surgiram novas notícias negativas. A gestora destacou que o mercado fechou o ano passado com um posicionamento pessimista, enquanto o Banco Central vendeu uma quantidade substancial de dólares, permitindo uma melhora nos preços.
Apesar desse alívio momentâneo, a Verde Asset prevê que a discussão sobre a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda poderá reacender preocupações fiscais, aumentando a demanda por prêmios de risco nos ativos brasileiros. Nesse contexto, a gestora optou por manter posições reduzidas na bolsa local e aumentar sua exposição global. No mercado de juros, a Verde mantém uma posição que se beneficia da queda em juro real e inclinação na parte longa da curva nominal.
A gestora também analisou o impacto do governo de Donald Trump nos mercados internacionais, destacando que a volatilidade recente reflete a tentativa dos investidores de entender quais medidas da nova administração terão efeito prático. A Verde apontou que, em transições de liderança política, os mercados recalibram suas estimativas sobre as decisões governamentais e os estímulos que reagem. Um dos desafios do novo governo americano é distinguir entre ruído político e sinais relevantes.
No mês de janeiro, o fundo Verde registrou um retorno de 1,64%, superando o CDI, que avançou 1,01%. Os ganhos foram impulsionados principalmente por posições em inflação nos EUA, juros no Brasil e operações de trading. No entanto, a gestora enfrentou perdas com a exposição ao Renminbi chinês e com a posição vendida na bolsa brasileira. Além disso, a Verde mantém alocações em criptoativos, uma pequena posição comprada em petróleo e exposição a crédito high yield tanto local quanto global.
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