Economia

Gestores de fundos revisam projeções da Selic e do PIB para 2025 em pesquisa da XP

Gestores de fundos esperam alta de 1 ponto percentual na Selic, para 14,25%. Projeção da Selic para 2025 foi reduzida para 15%, alinhando se ao Boletim Focus. Expectativa de inflação ajustada para 5,75%, acima da média do Boletim Focus. PIB de 2025 revisado para 1,95%, abaixo da previsão anterior de 2,06%. Otimismo com a Bolsa brasileira cresce, enquanto cautela em relação aos EUA aumenta.

Sede do Banco Central, em Brasília - 26/12/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Os gestores de fundos de investimento multimercados, consultados pela XP, preveem uma alta de 1 ponto percentual na taxa Selic, que deve chegar a 14,25% ao ano nesta quarta-feira. Além disso, as projeções para o final de 2025 foram reduzidas, com a expectativa de que a Selic encerre o ano em 15% ao ano, em vez de 15,25%, conforme indicado em pesquisa anterior. Essa nova estimativa alinha-se às expectativas dos especialistas do Boletim Focus, que também projetam a Selic em 15%.

O levantamento, realizado entre 7 e 14 de março com trinta gestores, também aponta uma expectativa de IPCA de 5,75% para o final deste ano, superando a projeção anterior de 5,71% e a média do Boletim Focus, que é de 5,66%. A XP destacou que as projeções do mercado estão se ajustando às expectativas dos gestores, refletindo um cenário macroeconômico desafiador e pressões cambiais elevadas.

Para o PIB de 2025, a expectativa de crescimento foi reduzida de 2,06% para 1,95%, abaixo da previsão do Boletim Focus, que é de 1,99%. No mercado de juros, houve um aumento no posicionamento em juros reais (+30 p.p.) e nominais (+10 p.p.), indicando que mais gestores estão considerando uma possível mudança no ciclo de juros no Brasil.

Em relação ao câmbio, a XP observou uma tendência otimista em relação ao dólar e ao iene, com 70% das gestoras mantendo posições compradas e apenas 13% vendidas. O relatório também revelou um aumento no otimismo com a Bolsa brasileira, onde 37% dos gestores estão comprados, enquanto 57% adotam uma posição neutra. Em contraste, o otimismo com a renda variável nos Estados Unidos caiu de 60% para 43%.

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