19 de mar 2025
Goldman Sachs rebaixa recomendação da Natura para neutra após resultados decepcionantes no 4T24
Goldman Sachs rebaixou a recomendação da Natura de compra para neutra. Queda inesperada nas margens no 4T24 impactou previsões de lucro. Ações da Natura caíram 25% desde a recomendação anterior em fevereiro. Expectativas frustradas devido a maiores gastos e promoções na América Latina. Natura negocia a múltiplos superiores à média do setor, limitando atratividade.
Loja da Natura (Foto: Divulgação)
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O Goldman Sachs rebaixou a recomendação das ações da Natura (NTCO3) de compra para neutra, apenas um mês após ter elevado a classificação. A decisão foi motivada pela queda inesperada da margem no quarto trimestre de 2024, que impactou a visibilidade dos lucros e a geração de caixa da empresa. A Natura, que havia vendido ativos como Aesop e The Body Shop e concluído o processo de Capítulo 11 da Avon Internacional, viu suas ações caírem 25% desde a elevação da recomendação em 2 de fevereiro de 2025, enquanto o Ibovespa subiu 4%.
Os analistas do banco americano ajustaram suas previsões, reduzindo em 19% e 17% as estimativas de Ebitda para 2025 e 2026, e em 38% e 16% para o lucro líquido. A revisão se deve a fatores como a margem bruta mais baixa, impulsionada por maior atividade promocional na América Latina e a reversão de condições favoráveis na Argentina. Além disso, a empresa enfrentará maiores gastos com SG&A (vendas, gerais e administrativas) e despesas de transformação.
Embora o Goldman Sachs esperasse volatilidade durante a integração das marcas Avon e Natura, o desempenho recente diminuiu a confiança na geração de caixa dessa operação, devido ao aumento das despesas fixas e variáveis. Atualmente, as ações da Natura estão avaliadas em 16,6 vezes o Preço/Lucro estimado para 2025 e 9,0 vezes para 2026, em comparação com médias de 15,8 vezes e 10,9 vezes para o setor de Varejo no Brasil.
A comparação com outras empresas do setor revela que a Natura apresenta um risco-retorno menos atrativo. Lojas Renner (LREN3), por exemplo, tem recomendação de compra e está avaliada em 9,8 vezes e 8,2 vezes, enquanto Assaí (ASAI3) está em 16,6 vezes e 10,3 vezes, ambas com melhor visibilidade em relação aos lucros futuros.
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