22 de mar 2025
Empresas brasileiras acumulam R$ 89 bilhões em recompra de ações em 2024
Volume de recompra de ações no Brasil atinge R$ 88,9 bilhões em 129 programas, com utilities e consumo em destaque. Acompanhe a tendência.
Foto: Reprodução
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O volume de recompra de ações no Brasil alcançou R$ 88,9 bilhões, distribuídos em 129 programas de 109 empresas. Desses, R$ 72,8 bilhões foram iniciados nos últimos doze meses, evidenciando um crescimento nas operações. Os dados foram coletados pelo Itaú BBA e divulgados em um relatório na quinta-feira, dia 20. Em fevereiro, houve uma leve queda no volume de execução, com as empresas recomprando R$ 2,1 bilhões, em comparação aos R$ 2,6 bilhões de janeiro. No total, R$ 30,7 bilhões foram recomprados em 2024, com uma diminuição nas novas aberturas de programas.
No mês de março, apenas R$ 0,8 bilhão foi registrado em novas aberturas de programas de recompra. Os setores mais ativos incluem utilities e consumo discricionário, que apresentam as maiores taxas de recompra em relação aos seus valores de mercado. De acordo com os analistas, 22% do volume a ser recomprado provém do setor de matérias-primas, 21% de empresas financeiras e 20% do setor de utilities, que se destaca pela alta taxa de recompra.
Entre as empresas que mais se destacaram em fevereiro, estão Marfrig (MRFG3), BRF (BRFS3), Allos (ALOS3), Vamos (VAMO3) e Grupo SBF (SBFG3), todas com mais de 20% de execução de suas metas de recompra. Em 2024, foram registrados 126 programas, o maior número desde 2005, com 18 programas abertos desde o início do ano. O Itaú BBA observa um crescimento constante no volume de recompra, com 2024 ocupando a segunda posição em volume financeiro, atrás apenas de 2022.
Os analistas destacam que a tendência de recompra de ações impacta diretamente a estrutura de capital das empresas. Desde 2005, o volume total no setor financeiro atingiu R$ 151,1 bilhões. De janeiro a março de 2024, o volume já alcançou R$ 13,6 bilhões, refletindo a continuidade desse movimento. O Itaú BBA sugere que as empresas estão se adaptando para manter uma posição financeira eficiente, especialmente diante da volatilidade do mercado acionário e dos custos de insumos, que são afetados por flutuações cambiais e aumento nos preços das commodities.
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