Morgan Stanley prevê recuperação das ações do 'Magnificent 7' após meses de queda

O mercado de ações dos Estados Unidos apresentou um desempenho positivo recentemente, com o S&P 500 subindo cerca de 1,8% e fechando a 5.767,57 pontos, enquanto o Dow Jones subiu quase 600 pontos e o Nasdaq Composite teve um aumento superior a 2%. O estrategista-chefe da Morgan Stanley, Mike Wilson, acredita que há uma rotação significativa de volta para as ações americanas, destacando que a estabilização das revisões de lucros das chamadas "Magnificent Seven" — que incluem empresas como Apple, Nvidia e Tesla — pode impulsionar o mercado. Wilson projeta um alvo de 6.500 pontos para o S&P 500 até o final do ano, o que representaria um aumento de quase 13% em relação ao fechamento recente.

As ações das "Magnificent Seven" tiveram um desempenho notável, com todas as sete empresas registrando altas, e a CNBC relatou um aumento de cerca de 3,7% no índice do grupo. Tesla liderou a alta, subindo mais de 11%, o melhor desempenho diário desde novembro. No entanto, a análise de Mislav Matejka, da JPMorgan, sugere cautela, afirmando que a recuperação das ações de tecnologia pode não ser sustentável devido a riscos de concentração e expectativas elevadas. Ele recomenda que os investidores considerem ações defensivas em vez de se concentrarem nas grandes empresas de tecnologia.

A performance recente do S&P 500 e das ações de tecnologia ocorre em um contexto de incerteza econômica, especialmente em relação às políticas comerciais da administração de Donald Trump. A expectativa de uma abordagem mais flexível em relação às tarifas comerciais contribuiu para o otimismo do mercado. No entanto, analistas técnicos alertam que a recuperação pode ser temporária, com níveis críticos a serem observados, como o suporte em 5.500 pontos e resistência em 5.900 pontos. A capacidade do índice de se manter acima de 5.825 será um sinal importante para os investidores.

Além disso, o desempenho das ações americanas contrasta com o crescimento de mercados internacionais, como o índice MSCI All-Country World Index ex-U.S., que subiu 8,9% neste ano. A análise sugere que, embora os mercados globais tenham se beneficiado de uma rotação para fora dos EUA, há sinais de que essa tendência pode estar mudando, com o S&P 500 mostrando sinais de recuperação em relação a seus pares internacionais. A dinâmica do mercado continua a ser monitorada de perto, com investidores avaliando as implicações das políticas econômicas e as condições do mercado de trabalho.