09 de abr 2025
Brasil registra terceira maior desvalorização entre moedas analisadas em meio à guerra comercial
Brasil enfrenta desvalorização de 5,1% em meio a tensões comerciais entre EUA e China; economistas preveem volatilidade na economia.
Imagem dólar e Real (Foto: Shutterstock)
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O Brasil registrou uma desvalorização de 5,1% em sua moeda nos últimos seis dias, posicionando-se como a terceira moeda mais afetada entre as 118 analisadas após o anúncio de aumento nas tarifas comerciais pelo governo Donald Trump, em 2 de abril. Apenas o dinar da Líbia, com queda de 13,2%, e o peso colombiano, com 5,8%, tiveram desvalorizações mais significativas. A análise foi realizada por Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.
Agostini alerta que a continuidade da disputa tarifária entre os Estados Unidos e a China pode resultar em volatilidade na taxa de câmbio e na bolsa de valores. Ele enfatiza que a incerteza persiste até que haja um posicionamento claro entre as duas potências, que representam 43% do PIB global. O economista sugere que a taxa de câmbio pode oscilar entre R$ 5,90 e R$ 6, mas pode retornar a patamares mais baixos, como R$ 5,60 ou R$ 5,70, dependendo das decisões de Trump.
André Galhardo, consultor econômico do Remessa Online, destaca que a desaceleração da economia norte-americana pode agravar a situação. Embora haja sinais de perda de força na economia dos Estados Unidos, o mercado de trabalho permanece robusto. Ele questiona se essa desaceleração levará o Federal Reserve (Fed) a cortar juros, o que poderia beneficiar moedas em desenvolvimento, mas ressalta que a guerra comercial faz com que investidores busquem ativos seguros.
Galhardo também menciona que, se Trump reverter algumas de suas medidas, a taxa de juros elevada no Brasil e as expectativas de crescimento para 2025 podem resultar em uma valorização do real. No entanto, o cenário geral permanece desafiador para o real e para a maioria das moedas de países em desenvolvimento.
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