06 de mai 2025
Mercado de crédito privado brasileiro supera desafios e registra recorde de emissões
Em 2024, o crédito privado no Brasil bateu recorde com emissões de quase R$ 800 bilhões, desafiando expectativas para 2025.
Foto: Reprodução
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O mercado de capitais brasileiro, especialmente o crédito privado, registrou um desempenho surpreendente em 2024, com emissões que chegaram a R$ 800 bilhões, um recorde histórico. A informação foi divulgada por Samer Serhan, sócio e CIO de Crédito Privado e Infraestrutura da JiveMauá, durante evento da TAG Investimentos em São Paulo, no dia seis de maio.
Serhan destacou que, apesar da taxa Selic elevada, acima de 14%, o mercado de crédito privado se descolou do cenário macroeconômico desafiador. Ele apontou um "paradoxo" entre a economia real e o mercado de capitais, afirmando que, enquanto a economia se comporta como há 40 anos, o mercado de capitais está "dez anos à frente".
Expectativas para 2025
As expectativas para 2025 eram de um arrefecimento nas emissões, mas o primeiro trimestre contrariou essa projeção, superando os resultados anteriores. "Começamos 2025 com um recorde histórico", afirmou Serhan. Ele acredita que esse movimento reflete um amadurecimento do mercado, mesmo diante das fragilidades fiscais.
O executivo ressaltou que os resultados das empresas sustentam o apetite por crédito privado. "A economia real está num bom momento, especialmente em termos de balancete patrimonial e resultados", disse. No entanto, ele alertou para a necessidade de cautela em um cenário macroeconômico delicado.
Seletividade no Mercado
Francisca Brasileiro, diretora de Investment Solutions da TAG Investimentos, complementou que a seletividade é crucial para diferenciar bons resultados de situações de estresse no crédito. Ela destacou que a aversão ao risco é maior no crédito do que em renda variável, devido à expectativa de estabilidade da renda fixa.
Problemas com ativos de crédito, como os casos de Americanas e UniGel, ganham repercussão significativa, tornando a seletividade ainda mais importante. Brasileiro também mencionou que o amadurecimento do mercado e a sofisticação das gestoras elevam o padrão de exigência na análise de investimentos.
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