WEG enfrenta pessimismo no mercado após resultados fracos do 1T25 e queda nas ações

Os analistas de mercado demonstram crescente pessimismo em relação às ações da WEG (WEGE3) após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025 (1T25), em 30 de abril. As ações da empresa caíram 16%, com uma queda de 11,5% apenas na sessão seguinte ao balanço. O Itaú BBA manteve a recomendação de outperform (desempenho acima da média do mercado), mas reduziu o preço-alvo de R$ 67 para R$ 65, ainda representando um potencial de valorização de 53% em relação ao fechamento da última segunda-feira (5).

Os analistas do Itaú BBA ajustaram suas projeções de lucro por ação (LPA) para 2025 em 6% e para 2026 em 9%, adotando uma visão cautelosa sobre a WEG. A equipe de análise observa que, apesar de uma possível leve recuperação, não se espera que a empresa retorne aos níveis anteriores em breve. O crescimento das receitas internacionais, ajustadas por fusões e aquisições, foi de apenas 2% ano a ano em dólares, sem pressão da guerra comercial.

Expectativas e Desempenho

As margens de lucro devem permanecer entre 21,5% e 22,0% no 2T25, devido ao mix de produtos e à pressão nos preços das commodities. O Itaú BBA estima que a ação está sendo negociada a um múltiplo de 26 vezes o lucro esperado para o próximo ano, o que não é considerado um ponto de entrada atraente. A fraqueza nos mercados internacionais permanece incerta, mas a captação de pedidos sugere uma modesta recuperação à frente.

A XP Investimentos também destacou um aumento no pessimismo entre os investidores. Cerca de 90% dos participantes de uma pesquisa consideraram os resultados do 1T25 decepcionantes. A pesquisa revelou que 33% dos investidores estão com posições compradas na WEG, uma queda em relação a 55% após o 4T24. Além disso, 46% veem os números do 1T25 como um gatilho para vender as ações.

Análise do Cenário

A XP ressaltou que, após três trimestres de resultados abaixo do esperado, a rentabilidade fraca levanta questões sobre revisões de resultados no curto prazo. Embora mantenham a recomendação de compra com base em fundamentos positivos a longo prazo, há preocupações sobre os impactos de uma desaceleração macroeconômica global no crescimento dos lucros da WEG. A visibilidade no curto prazo continua limitada, e a falta de gatilhos para crescimento pode manter as ações à margem.