Economia

Fundos imobiliários enfrentam pressão após alta da Selic, mas oportunidades surgem

Fundos imobiliários enfrentam pressão com a Selic a 14,75%. Especialistas apontam oportunidades de compra com descontos significativos.

Foto de um grupo de pessoas em uma praia durante o pôr do sol. (Foto: Reprodução)

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A alta da Selic para 14,75% ao ano impactou os fundos imobiliários, que apresentaram um recuo de quase 0,70% no Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) nos últimos cinco dias. O aumento da taxa de juros, que subiu 0,50 ponto percentual, pressionou o desempenho positivo observado no início do ano.

Especialistas afirmam que, apesar da pressão, ainda existem oportunidades de compra com descontos significativos. Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, destacou que os fundos imobiliários continuam sendo relevantes para a diversificação de carteiras. “O investidor estratégico pode se beneficiar da simetria que alguns fundos estão apresentando em termos de preço por cota e resiliência no pagamento de dividendos”, afirmou.

Os fundos de papel, que investem em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), estão sendo negociados com um desconto médio de 9% em relação ao valor patrimonial. Já os fundos de tijolo apresentam um desconto médio de 18%, podendo chegar a quase 40% dependendo do setor. Felipe Sant’Anna, especialista do grupo Axia Investing, recomendou atenção aos fundos de tijolo de shoppings, galpões e lajes comerciais, que estão com cotas vendidas a preços reduzidos.

Análise de Risco

Os fundos de tijolo tendem a ser mais sensíveis à alta dos juros, pois a elevação da Selic pode pressionar os preços dos aluguéis e aumentar a inadimplência. Por outro lado, os fundos de papel podem se beneficiar do cenário atual, especialmente os atrelados ao CDI e ao IPCA. Lima ressaltou que, no curto prazo, os FIIs de papel devem ter um desempenho superior.

Investidores devem estar atentos ao nível de alavancagem dos fundos, que pode comprometer resultados. Isabella Pereira de Almeida, analista da Rio Bravo, enfatizou a importância de avaliar a necessidade futura de caixa de cada fundo. Além disso, fatores como portfólio, ocupantes, valores de locação e vacância devem ser considerados na análise.

Lima também mencionou a relevância do dividend yield, que indica o retorno mensal gerado pelos dividendos em relação ao preço atual da cota. A relação entre o preço e o valor patrimonial é crucial para determinar se o fundo está sendo negociado com ágio ou desconto.

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