13 de mai 2025
Banco Central deve elevar Selic para 15% e sinaliza fim do ciclo de alta
Expectativas de inflação ainda distantes da meta levam economistas a preverem nova alta da Selic em junho, com cortes possíveis em 2026.
Alberto Ramos, diretor de pesquisa macroeconômica para a América Latina do Goldman Sachs (Foto: Divulgação/Goldman Sachs)
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O Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic para 14,75% em resposta à inflação persistente e incertezas econômicas. Economistas projetam uma última alta de 0,25 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em junho, levando a taxa a 15% ao ano. A expectativa é que cortes na Selic possam ocorrer em 2026, dependendo da evolução da inflação e da atividade econômica.
Alberto Ramos, diretor de pesquisa macroeconômica para a América Latina do Goldman Sachs, defende uma abordagem cautelosa. Ele acredita que o Copom deve fazer uma "ginástica comunicacional" para interromper o ciclo de alta, mesmo com a inflação ainda distante da meta. Ramos observa que o governo atual não tem contribuído para aliviar a pressão inflacionária do lado fiscal.
Fernando Rocha, economista-chefe da JGP Asset Management, também vê a possibilidade de um último aumento na Selic. Ele destaca que a elevação final deve ser uma "sintonia fina" do ciclo, com a taxa permanecendo alta por um período prolongado. Rocha prevê que o Banco Central só começará a cortar os juros em abril de 2026, uma expectativa mais conservadora do que a do mercado.
A inflação projetada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 é de 5,51%, acima do teto da meta de 4,5%. O cenário atual reflete um ambiente econômico desafiador, onde a política fiscal do governo e a política monetária do Banco Central estão em desacordo. A expectativa é que a Selic permaneça elevada, impactando famílias e empresas, enquanto o governo busca estimular o crescimento econômico.
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