Banco Central do Brasil divulga IGP-10 e dados econômicos importantes nesta sexta-feira

O Brasil enfrenta desafios econômicos significativos, com foco na recuperação do setor automotivo e em questões fiscais. Recentemente, a Argentina se destacou como o principal destino das exportações brasileiras de veículos, enquanto o governo atualizou as regras do Bolsa Família e o INSS lida com denúncias de fraudes.

Na agenda econômica, a Conferência Anual do Banco Central do Brasil ocorre hoje, com a divulgação do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) referente a maio. Este indicador é crucial para monitorar a inflação no atacado e no varejo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participará do evento Prisma Fiscal, que celebra 10 anos de previsões do mercado para indicadores fiscais.

As exportações brasileiras para o Mercosul, especialmente para a Argentina, somaram mais de US$ 8 bilhões entre janeiro e abril de 2025, um aumento de 35% em relação ao ano anterior. A Argentina, com um crescimento de 48% nas compras, representou US$ 5,8 bilhões, o melhor resultado desde 2018. O setor automotivo liderou as exportações, com veículos de passageiros totalizando US$ 1,2 bilhão.

No âmbito do INSS, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, afirmou que a pasta desconhecia a extensão das fraudes até a Operação Sem Desconto, deflagrada em abril. Ele destacou que as fraudes ocorreram entre 2019 e 2022, durante o governo anterior, e que 11 empresas fraudulentas foram credenciadas. A investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) durou dois anos.

Além disso, o governo atualizou as regras do Bolsa Família, permitindo que famílias com renda entre R$ 218 e R$ 706 permaneçam no programa por mais 12 meses, recebendo 50% do benefício. Essa mudança visa evitar o cancelamento imediato do auxílio, permitindo uma adaptação gradual à nova condição financeira.

O cenário econômico é desafiador, com a meta fiscal de zero déficit em 2025 sendo uma prioridade do governo. Haddad negou que haverá um pacote de medidas para aumentar a popularidade do governo, afirmando que a administração está focada em identificar gargalos nas despesas e receitas.