19 de mai 2025
China e EUA reduzem tarifas em acordo que alivia tensões comerciais e anima mercados
EUA e China suspendem tarifas por 90 dias, mas incertezas permanecem. Impactos no comércio global e na economia brasileira são iminentes.
A pressão dos grandes varejistas, receosos de que não tivessem abastecimento nas vendas de fim de ano, fez Trump recuar pela segunda vez em um mês (Foto: Alex Brandon/AP)
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Os Estados Unidos e a China anunciaram uma trégua comercial de 90 dias, reduzindo tarifas sobre produtos de ambos os lados. A medida, que entrou em vigor na última quarta-feira, visa aliviar as tensões comerciais que impactaram o comércio bilateral e a economia global. As tarifas sobre importações chinesas caíram de 145% para 30%, enquanto as taxas sobre produtos americanos foram reduzidas de 125% para 10%.
A decisão foi tomada após negociações em Genebra, onde representantes dos dois países buscaram um entendimento para estabilizar a relação comercial. O acordo gerou um aumento nas encomendas e movimentação nos portos, com empresas americanas se apressando para importar produtos antes do término da trégua. A expectativa é que o fluxo de mercadorias aumente significativamente nas próximas semanas, com um aumento de 300% nas reservas de contêineres.
Entretanto, a incerteza persiste. Analistas alertam que, mesmo com a redução das tarifas, os custos de importação ainda permanecem elevados, o que pode impactar os preços para os consumidores. O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, afirmou que a possibilidade de uma recessão ainda não pode ser descartada, apesar da melhora nas previsões econômicas.
O impacto das tarifas já é sentido em diversos setores. Empresas de logística relatam que a demanda por transporte marítimo aumentou, mas a capacidade dos portos pode não ser suficiente para atender ao volume de carga esperado. Além disso, o setor agrícola americano continua preocupado com a competição de produtos brasileiros, que não enfrentam as mesmas tarifas.
O acordo entre os dois países é visto como um passo positivo, mas muitos especialistas ressaltam que a verdadeira eficácia dependerá das negociações futuras e da disposição de ambos os lados em chegar a um entendimento duradouro. As próximas semanas serão cruciais para determinar o futuro das relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
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