Foto:Reprodução

Foto:Reprodução

Ouvir a notícia

Haddad explica revogação das medidas sobre o IOF e suas implicações econômicas - Haddad explica revogação das medidas sobre o IOF e suas implicações econômicas

0:000:00

O governo federal, sob a liderança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira (23) a revogação parcial do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão foi tomada após intensas críticas do mercado financeiro, que considerou a medida um erro estratégico.

A revogação foi motivada pela percepção de que o aumento do IOF, que afetava transferências para fundos de investimento no exterior, criava uma falsa impressão de controle de capital e tinha baixo potencial arrecadatório. Haddad reconheceu que a expectativa de arrecadação de R$ 20 bilhões em 2023 e R$ 40 bilhões em 2026 não justificava a medida.

Reunião de Emergência

Na noite anterior, uma reunião de emergência no Palácio do Planalto reuniu ministros e técnicos para discutir a situação. Participaram da reunião os ministros Rui Costa, Sidônio Palmeira e Gleisi Hoffmann, que solicitaram uma revisão do decreto. Haddad, mesmo à distância, acompanhou as discussões e decidiu agir rapidamente.

O novo decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União antes da abertura dos mercados. A alíquota zero foi restaurada para aplicações de fundos brasileiros em ativos no exterior, enquanto o aumento de 3,38% para 3,5% nas operações com cartões internacionais foi mantido.

Reação do Mercado

A decisão de recuar foi vista como uma "correção de rota" para evitar especulações e acalmar os mercados financeiros. A equipe econômica enfrentava pressão tanto da ala política do governo quanto do Congresso, que rejeita novos aumentos de impostos. A avaliação do governo é que a manutenção do aumento do IOF seria um erro maior.

Haddad comunicou a necessidade de ajustes e preparou um novo decreto que seria publicado antes da abertura do mercado. Ele destacou a importância do diálogo constante com o setor financeiro para garantir a estabilidade econômica.

Críticas e Desdobramentos

O aumento do IOF gerou descontentamento entre empresários e analistas. Flávio Rocha, da Riachuelo, criticou a medida, afirmando que a arrecadação não compensaria o aumento dos gastos públicos. Dados da plataforma BuzzMonitor indicam que 74% das menções ao IOF nas redes sociais foram negativas.

A situação gerou um debate interno sobre a eficácia das políticas fiscais do governo. O recuo sobre o IOF é um exemplo de como a dinâmica política e econômica pode influenciar decisões governamentais em tempos de incerteza.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela