23 de mai 2025




Haddad explica revogação das medidas sobre o IOF e suas implicações econômicas
Haddad revoga aumento do IOF após críticas do mercado, buscando estabilizar a economia e evitar novos descontentamentos. Coletiva esclarecerá mudanças.
Foto:Reprodução
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O governo federal, sob a liderança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira (23) a revogação parcial do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão foi tomada após intensas críticas do mercado financeiro, que considerou a medida um erro estratégico.
A revogação foi motivada pela percepção de que o aumento do IOF, que afetava transferências para fundos de investimento no exterior, criava uma falsa impressão de controle de capital e tinha baixo potencial arrecadatório. Haddad reconheceu que a expectativa de arrecadação de R$ 20 bilhões em 2023 e R$ 40 bilhões em 2026 não justificava a medida.
Reunião de Emergência
Na noite anterior, uma reunião de emergência no Palácio do Planalto reuniu ministros e técnicos para discutir a situação. Participaram da reunião os ministros Rui Costa, Sidônio Palmeira e Gleisi Hoffmann, que solicitaram uma revisão do decreto. Haddad, mesmo à distância, acompanhou as discussões e decidiu agir rapidamente.
O novo decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União antes da abertura dos mercados. A alíquota zero foi restaurada para aplicações de fundos brasileiros em ativos no exterior, enquanto o aumento de 3,38% para 3,5% nas operações com cartões internacionais foi mantido.
Reação do Mercado
A decisão de recuar foi vista como uma "correção de rota" para evitar especulações e acalmar os mercados financeiros. A equipe econômica enfrentava pressão tanto da ala política do governo quanto do Congresso, que rejeita novos aumentos de impostos. A avaliação do governo é que a manutenção do aumento do IOF seria um erro maior.
Haddad comunicou a necessidade de ajustes e preparou um novo decreto que seria publicado antes da abertura do mercado. Ele destacou a importância do diálogo constante com o setor financeiro para garantir a estabilidade econômica.
Críticas e Desdobramentos
O aumento do IOF gerou descontentamento entre empresários e analistas. Flávio Rocha, da Riachuelo, criticou a medida, afirmando que a arrecadação não compensaria o aumento dos gastos públicos. Dados da plataforma BuzzMonitor indicam que 74% das menções ao IOF nas redes sociais foram negativas.
A situação gerou um debate interno sobre a eficácia das políticas fiscais do governo. O recuo sobre o IOF é um exemplo de como a dinâmica política e econômica pode influenciar decisões governamentais em tempos de incerteza.
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