Bancos se reúnem com Haddad para debater alternativas à alta do IOF

Em meio à resistência política e institucional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu nesta quarta-feira com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e dos principais bancos privados. O encontro, realizado em Brasília, teve como objetivo discutir alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado na semana passada.

Participaram da reunião líderes de instituições financeiras, como Isaac Sidney, presidente da Febraban, e os presidentes do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, do Bradesco, Marcelo Noronha, do Santander Brasil, Mario Leão, e do BTG Pactual, Roberto Sallouti. O governo apresentou as premissas fiscais que justificam o aumento do imposto, que pode impactar severamente o custo do crédito.

Sidney destacou que o aumento do IOF terá um efeito "severo" sobre o crédito, especialmente para micro, pequenas e médias empresas. Ele estimou que, em operações de curto prazo, o custo efetivo total pode variar entre 14,5% a 40% em termos de taxa de juros, dependendo da duração da operação. A Febraban, apesar de se opor ao aumento de impostos, reafirmou seu compromisso com o equilíbrio das contas públicas.

O secretário-executivo do ministério, Dario Durigan, confirmou que o governo está aberto a discutir as preocupações levantadas pelos bancos e buscar soluções que minimizem os impactos negativos da medida. A pressão do Congresso e do mercado financeiro continua a ser um fator relevante nas discussões sobre a política fiscal do governo.