26 de mai 2025
Fundos imobiliários adotam desdobramento de cotas para aumentar liquidez e acessibilidade
Fundos imobiliários como ALZR11 e RBVA11 desdobram cotas para aumentar acessibilidade e liquidez, atraindo novos investidores.
Foto: Reprodução
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Fundos imobiliários adotam desdobramentos de cotas para aumentar acessibilidade e liquidez
Nos últimos dias, fundos imobiliários como ALZR11, RBVA11, HFOF11 e HGBS11 implementaram a estratégia de desdobrar suas cotas. O objetivo é reduzir o valor unitário das cotas na B3, tornando os investimentos mais acessíveis e aumentando a liquidez no mercado secundário. André Freitas, sócio da Hedge Investments, comentou que a gestora decidiu seguir essa tendência após pedidos frequentes de investidores.
Freitas destacou que muitos fundos já operam na base 10, enquanto o fundo da Hedge ainda estava na base mil, com cotas a R$ 2 mil. Ele explicou que a mudança facilita o reinvestimento de dividendos, uma demanda comum entre os cotistas. “Quando a cota é muito cara, como no caso do Brasil Shopping, que custa R$ 200 e distribui R$ 1,60, é difícil reinvestir com flexibilidade”, afirmou.
Atração de investidores
A nova estrutura também favorece a entrada de investidores institucionais e ETFs, que priorizam a liquidez. Freitas observou um aumento significativo no número de negócios desde a mudança, mesmo com o volume financeiro estável. Ele alertou, no entanto, que a alta taxa de juros continua sendo um desafio para o setor. Em 2023, o volume médio diário negociado foi de R$ 339 milhões, caindo para R$ 317 milhões neste ano.
Alexandre Rodrigues, sócio da Rio Bravo e gestor do RBVA11, ressaltou que o desdobramento das cotas está ligado à popularização dos fundos imobiliários. “A quebra do valor por cota permite entradas com tickets menores, tornando o fundo mais acessível para o investidor pessoa física”, disse. Ele acrescentou que a nova base permite maior diversificação com recursos limitados.
Expectativas para o futuro
Apesar do cenário desafiador, há otimismo em relação a uma possível melhora macroeconômica no segundo semestre. Freitas projetou que, com sinais de queda na inflação, pode haver uma redução nas taxas de juros, criando um ambiente favorável para o retorno de investidores institucionais. Dados da ANBIMA indicam que, em 2024, os fundos multimercados registraram resgates de R$ 357 bilhões, enquanto a renda fixa se destacou com captação de R$ 243 bilhões.
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