31 de mai 2025
Governo brasileiro enfrenta críticas após polêmica com aumento do IOF e suas consequências
Recuo no IOF gera alívio temporário, mas revela tensões entre políticas monetária e fiscal no Brasil, segundo André Raduan da Genoa Capital.
Foto: Reprodução
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Em um cenário econômico tenso, o Brasil vivenciou um episódio significativo relacionado ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A recente tentativa do governo de aumentar a arrecadação por meio desse imposto gerou preocupações no mercado financeiro, levando a uma revogação parcial da medida. André Raduan, sócio da Genoa Capital, participou do programa Outliers InfoMoney e analisou as implicações dessa situação.
Raduan destacou que o recuo na medida do IOF trouxe um alívio momentâneo, mas deixou marcas no mercado. “Na verdade, depois que saiu o recuo, a gente já tranquilizou um pouco, mas ia ser uma pancada difícil de recuperar,” afirmou. Ele alertou para os efeitos duradouros de decisões abruptas, sugerindo que “alguma fricção aí na história da arma vai ficar.” O especialista enfatizou a necessidade de melhorias institucionais para evitar tais situações no futuro.
Dinâmica Econômica
Raduan descreveu a atual dinâmica econômica brasileira como um “cabo de guerra” entre a política monetária restritiva do Banco Central e as iniciativas fiscais expansionistas do governo. Ele observou que o aprofundamento do mercado financeiro está mitigando a eficácia da política monetária. “Esse processo de financial deepening é ótimo, mas no curto prazo, ele entope um pouco esse canal,” explicou.
O gestor também elogiou a atuação do Banco Central, que tem demonstrado independência em suas decisões. Apesar das pressões, Raduan defendeu uma abordagem conservadora em relação à taxa de juros, sugerindo que o Banco Central poderia considerar aumentos moderados. “Acho que eles deviam ainda prolongar esse ajuste de juros,” disse.
Posições da Genoa Capital
Em meio a incertezas, a Genoa Capital adota uma estratégia diferenciada para diferentes classes de ativos. Raduan revelou que a gestora espera alta nos juros de curto prazo, mas queda nos de longo prazo. “Juros curto Brasil, tomado. Juros longos, aplicado,” afirmou. No mercado de câmbio, a gestora mantém uma posição neutra em relação ao real e uma pequena posição vendida em dólar.
Para ações, a exposição da gestora é limitada, com uma posição comprada pequena na bolsa brasileira. Raduan concluiu que a situação atual exige cautela e uma análise cuidadosa das oportunidades no mercado.
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