ABBC busca aumentar transparência para proteger o Fundo Garantidor de Créditos

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) propôs a ampliação das informações que instituições financeiras com alta exposição ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) devem fornecer. A iniciativa surge após discussões sobre a necessidade de maior transparência e segurança no sistema financeiro, especialmente após o caso do Banco Master.

Entre as informações sugeridas estão indicadores de liquidez de curto e longo prazos, além de dados sobre a qualidade dos ativos em que as instituições investem os recursos captados. A proposta visa ajustar as regras do FGC, que atualmente se concentra no patrimônio líquido dos emissores em relação à cobertura oferecida aos depositantes.

As novas exigências também incluem detalhes sobre o perfil dos investidores que as instituições estão captando. Muitas dessas informações já fazem parte das normas de Basileia 3, que visam aumentar a segurança do sistema financeiro. No entanto, os bancos de menor porte, classificados como S3, não estão sujeitos a essas regras.

Os bancos maiores, classificados como S1 e S2, já fornecem um volume significativo de informações ao Banco Central. A proposta da ABBC não altera a classificação das instituições, mas busca uma análise mais rigorosa do risco que elas representam ao FGC e ao sistema financeiro.

Expectativas de Mudanças

Uma maior transparência nas plataformas que oferecem títulos bancários aos investidores também está sendo discutida. As mudanças propostas têm como objetivo garantir que os depósitos e investimentos de pessoas físicas, limitados a R$ 250 mil por CPF, sejam honrados. A expectativa é que as novas diretrizes sejam anunciadas até o final de agosto. A ABBC não se manifestou sobre o assunto até o momento.