03 de jul 2025

Projeto de lei propõe pena de prisão para consultores que erram em investimentos
Senador propõe penas de prisão para consultores financeiros que desrespeitarem o perfil de investimentos de seus clientes, visando maior proteção.

Senador Jorge Kajuru (PSB) é o autor da proposta que prevê prisão de consultores financeiros por indicação de investimentos fora do perfil do cliente. (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)
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Um projeto de lei em tramitação no Senado Federal propõe penas de prisão para consultores financeiros que recomendarem investimentos inadequados ao perfil de seus clientes. A iniciativa, liderada pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), busca aumentar a segurança jurídica e responsabilizar os agentes autônomos de investimento.
A proposta prevê que consultores que indiquem produtos que possam causar prejuízos aos clientes, visando lucro pessoal ou metas de empresas, enfrentem penas de seis meses a dois anos de prisão. Além disso, os condenados poderão ser multados. A intenção é incluir essa prática nas penalidades já existentes na legislação do mercado de valores mobiliários.
Objetivo da Proposta
Kajuru argumenta que a medida visa coibir práticas inadequadas que ainda persistem no mercado financeiro. Ele destaca que, apesar da regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), muitos agentes continuam a recomendar produtos incompatíveis com o perfil dos investidores, motivados por incentivos comerciais. Essa situação, segundo o senador, gera riscos desnecessários, especialmente para investidores com menor conhecimento técnico.
A proposta também responsabiliza diretamente tanto os consultores quanto as instituições que os contratam. Caso aprovada, a norma exigirá a atualização anual do perfil autodeclarado do cliente e estabelecerá um prazo de 30 dias para que operações financeiras incompatíveis possam ser realizadas.
Impacto no Mercado
A medida busca reforçar a integridade do mercado financeiro, sinalizando que práticas de reclassificação artificial de perfis para aumentar vendas não serão mais toleradas. A proposta ainda precisa ser analisada pelas comissões temáticas do Senado antes de seguir para votação no plenário.
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