04 de jul 2025

Dólar sobe no fechamento, mas registra queda semanal por fatores internos e externos
Dólar apresenta leve alta, mas acumula queda na semana; fatores internacionais e dados dos EUA influenciam a valorização do real.

Dólar disparou com declarações de Lula (Foto: Pixabay)
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O dólar comercial encerrou a semana em leve alta de 0,36%, cotado a R$ 5,4242. Apesar dessa valorização, a moeda americana acumulou queda de 1,08% na semana, refletindo uma combinação de fatores internacionais e domésticos. No acumulado do ano, a desvalorização é de 12,23%.
Segundo André Valério, economista sênior do Inter, a recente queda do dólar, que chegou a ser negociado abaixo de R$ 5,40, é resultado de uma tendência global de desvalorização da divisa americana. Valério destaca que esse movimento se intensificou ao longo do primeiro semestre, mesmo diante de condições econômicas internas desafiadoras. Ele observa que a moeda perdeu força frente a outras divisas e ao ouro, em parte devido à incerteza sobre a economia dos EUA após o retorno de Trump à presidência.
Fatores Internos e Externos
A sinalização de novas tarifas sobre importações, anunciadas em abril, pode reacender incertezas no mercado. Valério ressalta que, apesar da tendência externa favorável ao real, a valorização da moeda brasileira enfrenta obstáculos, como o cenário fiscal e a proximidade do ciclo eleitoral, que aumenta a volatilidade.
André Galhardo, economista, aponta que a valorização do real foi impulsionada por uma melhora no ambiente internacional, especialmente com a redução das tensões entre China e Estados Unidos. Ele acredita que essa aproximação melhorou os preços de commodities, beneficiando o Brasil, um grande exportador. Além disso, dados positivos do mercado de trabalho dos EUA indicam força na economia americana e afastam a possibilidade de cortes de juros.
Cenário Econômico
Galhardo também menciona a desaceleração da atividade econômica brasileira, que pode reduzir o risco de inflação. Embora haja ajustes nas projeções, a expectativa de inflação permanece em 4% para o final do ano, acima do teto da meta, mas abaixo das previsões iniciais. A combinação de uma inflação moderada e uma taxa real de juros mais alta torna a moeda brasileira mais atrativa, contribuindo para a entrada de capital no país e diminuindo a aversão ao risco.
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