16 de jan 2025
Azul e Gol assinam memorando para fusão e prometem fortalecer aviação brasileira até 2026
Azul e Gol assinaram um Memorando de Entendimento para fusão, visando 60% do mercado. A nova empresa deve operar em 2026, após aprovação do Cade e Anac, mantendo marcas separadas. A fusão busca sinergias operacionais e expansão de rotas, com foco em eficiência e redução de custos. A Gol está em recuperação judicial nos EUA, e a fusão depende do sucesso desse processo. O governo promete monitorar preços e concorrência, evitando aumento tarifário para consumidores.
John Rodgerson, CEO da Azul, diz que outros países como França e Alemanha também buscaram fortalecer suas principais companhias aéreas. (Foto: Erica Canepa/Bloom)
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A Azul Linhas Aéreas (AZUL4) e a Gol Linhas Aéreas (GOLL4) assinaram um memorando de entendimento (MoU) não vinculante, com a intenção de explorar uma fusão que poderá resultar em uma nova empresa com mais de 60% de participação de mercado no Brasil. O CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou que a nova companhia deve iniciar operações em 2026, após a aprovação dos órgãos reguladores, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O acordo prevê que ambas as marcas mantenham suas operações separadas, mas com sinergias operacionais.
Rodgerson destacou que a fusão é uma resposta aos desafios enfrentados pelo setor aéreo, como a desvalorização cambial e os altos custos operacionais. Ele acredita que a união permitirá reduzir o custo de capital e aumentar a conectividade entre as malhas aéreas da Azul e da Gol, que possuem aproximadamente 90% de rotas complementares. A expectativa é que a nova empresa alcance mais de 200 destinos no Brasil, oferecendo mais opções aos consumidores.
O processo de fusão, no entanto, enfrenta desafios regulatórios. O Cade analisará a operação, que pode levar de seis a nove meses para ser aprovada. A Gol, atualmente em recuperação judicial nos Estados Unidos sob o Chapter 11, deve concluir esse processo até maio de 2024, o que é crucial para a viabilidade da fusão. Rodgerson enfatizou que a alavancagem da nova empresa não poderá exceder a da Gol após sua reestruturação, garantindo uma base financeira sólida.
O governo brasileiro, por meio do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, manifestou apoio à fusão, ressaltando que o objetivo é fortalecer a aviação nacional e não permitir aumento nas tarifas aéreas. A união entre Azul e Gol pode criar um player dominante no setor, mas também levanta preocupações sobre a concorrência e os preços das passagens, especialmente em rotas onde a concentração de mercado pode chegar a 90%. O Cade terá um papel fundamental na avaliação dos impactos dessa fusão sobre o consumidor e a concorrência no setor aéreo.
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