Economia

Fusão entre Gol e Azul gera incertezas sobre futuro do setor aéreo brasileiro

Gol e Azul, com dívidas de R$ 60 bilhões, anunciaram fusão de operações. Novo conglomerado terá receitas de quase R$ 40 bilhões e 59 milhões de passageiros. Fusão gera preocupações sobre concentração de mercado e aumento de tarifas. A operação depende de aprovação regulatória e pode afetar concorrência. Presidente Lula apoia fusão, buscando fortalecer empresas aéreas nacionais.

NA PISTA - As aeronaves prontas para levantar voo: juntas, as empresas dominarão cerca de 60% do mercado doméstico. (Foto: Renato S. Cerqueira/Agência O Globo)

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A aviação brasileira enfrenta desafios significativos, refletidos no histórico de falências de grandes companhias, como Varig e Vasp. Atualmente, a Gol e a Azul, que juntas acumulam R$ 60 bilhões em dívidas, estão em um momento crítico. A Gol entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos há um ano, enquanto a Azul repactuou suas dívidas em outubro de 2024. Recentemente, as duas empresas anunciaram uma fusão que poderá criar um conglomerado com receitas de quase R$ 40 bilhões e transportar 59 milhões de passageiros anualmente.

O presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou que a fusão, que ainda precisa da aprovação regulatória, visa expandir o mercado e gerar sinergias operacionais que podem reduzir custos. No entanto, a concentração de slots em aeroportos nas mãos de uma única companhia levanta preocupações sobre a concorrência. O novo conglomerado controlará noventa rotas nacionais sem concorrentes e dominará 80% das operações em aeroportos estratégicos, como Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

Com essa fusão, a Gol e a Azul deterão 60% do mercado doméstico, enquanto a Latam ficará com 39%. Essa concentração pode permitir que as empresas aumentem tarifas, já que os passageiros teriam opções limitadas. O consultor Cleveland Prates questiona se essa concentração é benéfica, lembrando que a concorrência é essencial para manter preços justos e serviços de qualidade. Rodgerson, por outro lado, acredita que a fusão pode resultar em preços mais baixos ao aumentar a oferta de rotas e aeronaves.

A fusão também conta com o apoio do presidente Lula, que tem se reunido com os CEOs das companhias desde abril de 2024. A operação remete a um desejo de Lula de criar "campeãs nacionais", um conceito que no passado levou a escândalos. O futuro da fusão entre Gol e Azul é incerto, e o mercado observa atentamente se essa nova estratégia será capaz de evitar os erros do passado e proporcionar um serviço de qualidade aos consumidores.

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