21 de jan 2025
Fusão entre Azul e Gol pode não impactar preço das passagens, afirma ministro
Azul e Gol anunciaram fusão, aguardando aprovação do Cade para prosseguir. Especialistas alertam que fusão pode elevar preços das passagens aéreas. Ministro Silvio Costa Filho garante que não haverá aumento nas tarifas. Fusão pode criar "ultra dominante" no mercado, dificultando novas entradas. CEO da Azul afirma que fusão aumentará conectividade e reduzirá custos.
Juntas, Azul e Gol podem concentrar 60% do mercado nacional de aviação. (Foto: g1 Arte)
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Azul e Gol anunciaram na última quarta-feira, dia 15, a intenção de se fundir, mas a conclusão do negócio depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Especialistas alertam que essa fusão pode resultar em um aumento significativo no preço das passagens aéreas, uma vez que a concentração de mercado pode permitir que um único grupo econômico controle 60% da aviação civil no Brasil. O Cade, responsável por evitar abusos de poder de mercado, pode impor restrições, como a limitação de "vagas" nos aeroportos ou a venda de programas de fidelidade.
O economista José Roberto Afonso, do Instituto Brasiliense de Direito Público, destaca que a fusão pode levar ao aumento das tarifas, já que as companhias enfrentam dívidas elevadas, especialmente em dólar. Ele menciona que a prática de "coordenação tácita" pode ocorrer, onde as empresas optam por não competir de forma acirrada, resultando em um efeito dominó no mercado, com a Latam, principal concorrente, também elevando seus preços.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, manifestou confiança de que a fusão não acarretará aumento nas tarifas, enfatizando que o governo busca fortalecer a aviação regional e melhorar a malha aérea do país. Ele afirmou que a prioridade é estruturar as companhias para que possam ampliar voos e reduzir custos, além de garantir que o edital para o Programa de Investimentos Privados em Aeroportos Regionais será lançado em breve.
Em resposta ao anúncio, a Azul e a Gol se manifestaram, destacando que o Memorando de Entendimento é uma fase inicial de negociações. O CEO da Azul, John Rodgerson, argumentou que a fusão aumentará a conectividade no Brasil, permitindo atender mais cidades. Ele também comentou sobre a questão das "vagas" nos aeroportos, afirmando que apenas Congonhas enfrenta limitações, enquanto o Brasil possui uma vasta rede de aeroportos.
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