Economia

Target reduz programas de diversidade e inclusão sob pressão de ativistas conservadores

A Target encerrou suas iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) após pressão política. A decisão segue a tendência de empresas que reverteram compromissos DEI após a Suprema Corte. A varejista interrompeu metas de três anos e programas para comunidades minoritárias. A mudança ocorre após reações negativas a produtos com temática LGBTQIA+ e queda nas vendas. A empresa busca alinhar sua estratégia com o cenário externo e impulsionar vendas.

Clientes saem de uma loja Target em 20 de novembro de 2024 em Austin, Texas. (Foto: Brandon Bell | Getty Images)

Clientes saem de uma loja Target em 20 de novembro de 2024 em Austin, Texas. (Foto: Brandon Bell | Getty Images)

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A Target anunciou na sexta-feira a redução de suas iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), encerrando metas de três anos e programas que visavam refletir melhor a diversidade de seus clientes. A decisão foi comunicada em um memorando da diretora de impacto comunitário e equidade, Kiera Fernandez, que destacou a importância de se adaptar ao "cenário externo em evolução" para impulsionar o crescimento da empresa. A varejista, com sede em Minneapolis, se junta a outras grandes empresas, como Walmart e McDonald's, que também reverteram compromissos relacionados a DEI sob pressão de ativistas conservadores e decisões judiciais.

Além de encerrar suas metas de DEI, a Target descontinuará o programa Racial Equity Action and Change, que tinha como foco o desenvolvimento de carreira de funcionários negros e o apoio a comunidades minoritárias. A empresa também deixará de participar de avaliações externas, como o Índice de Igualdade Corporativa da Human Rights Campaign, que analisa políticas voltadas para a comunidade LGBTQIA+. Essas mudanças refletem um movimento crescente entre corporações que enfrentam pressão política e social para reavaliar suas iniciativas de diversidade.

A decisão da Target ocorre em um contexto de crescente oposição a programas de DEI, especialmente após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos em 2023, que bloqueou a ação afirmativa nas admissões universitárias. O governo Trump também pressionou por mudanças, emitindo ordens executivas que questionam a legalidade de tais políticas. Enquanto algumas empresas, como Costco, mantiveram seus programas, a Target optou por reavaliar suas estratégias em um momento em que busca aumentar suas vendas em meio a um cenário econômico desafiador.

Com cerca de 56% de sua força de trabalho composta por pessoas de minorias raciais e 56% de mulheres, a Target tem uma base diversificada de funcionários. No entanto, a empresa enfrentou reações negativas no passado, especialmente relacionadas a produtos com temática LGBTQIA+, o que impactou suas vendas. A mudança nas políticas de DEI da Target é vista como parte de uma estratégia mais ampla para se alinhar com as expectativas do mercado e garantir a sustentabilidade financeira em um ambiente competitivo.

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