25 de jan 2025
Ex-chefão do varejo britânico critica home office e aponta queda na produtividade
Stuart Rose, ex chefe do M&S, critica o trabalho remoto por reduzir a produtividade. Nicholas Bloom defende modelo híbrido, com três dias no escritório como ideal. Levantamento de novembro de 2024 mostra 26% trabalhando de forma híbrida no Reino Unido. Governo britânico legisla para fortalecer o direito ao trabalho remoto, gerando tensões. Funcionários públicos resistem ao retorno, alegando maior produtividade em casa.
Stuart Rose disse que as práticas de trabalho regrediram desde a pandemia de covid-19. (Foto: BBC)
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O trabalho remoto tem gerado preocupações sobre a produtividade dos funcionários, segundo Stuart Rose, ex-chefe do Marks and Spencer e do Asda. Em entrevista ao programa Panorama da BBC, ele afirmou que essa modalidade contribui para o "declínio geral" da economia britânica. Enquanto algumas empresas, como Amazon e JP Morgan, estão exigindo a presença diária de seus colaboradores, o especialista Nicholas Bloom sugere que um modelo híbrido, com três dias no escritório, pode ser tão eficaz quanto o trabalho totalmente presencial.
Um levantamento do Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS), realizado em novembro de 2024, revelou que 26% dos trabalhadores britânicos atuaram de forma híbrida, enquanto 14% trabalharam remotamente e 41% compareceram ao escritório diariamente. A mudança para o trabalho remoto impactou a economia local, com o espaço de escritório vago quase dobrando desde a pandemia e um aumento de 350% nas partidas de golfe durante o expediente, indicando uma mistura de trabalho e lazer.
O governo britânico está legislando para fortalecer o direito ao trabalho remoto, enquanto alguns empregadores, incluindo órgãos públicos, lutam para trazer os funcionários de volta ao escritório. Chris Goss, fundador da gravadora Hospital Records, implementou uma nova política que exige três dias de trabalho no escritório, citando preocupações sobre a produtividade financeira da empresa. Funcionários mais jovens, como Maya, expressam a necessidade de flexibilidade, afirmando que o trabalho remoto é essencial para sua saúde mental e produtividade.
A produtividade no setor público é a mais baixa desde 1997, com muitos atribuindo isso ao trabalho remoto. Desde novembro de 2023, os funcionários públicos foram convocados a retornar ao escritório de dois a três dias por semana, mas há resistência. Ed, gerente de TI no ONS, defende o trabalho remoto, destacando que não houve queixas sobre produtividade. A disputa entre a necessidade de interação presencial e a flexibilidade do trabalho remoto continua, refletindo uma transformação nas dinâmicas de trabalho que pode ser irreversível.
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