31 de jan 2025
CEO da Latam questiona fusão entre Gol e Azul como solução para dívidas do setor aéreo
A Latam Airlines reportou lucro líquido de US$ 977 milhões em 2024, crescimento de 67,9%. Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil, questiona a fusão entre Gol e Azul como solução para dívidas. A fusão poderia resultar em 60% do mercado, com concentrações locais chegando a 90%. Latam transportou 82 milhões de passageiros em 2024, um recorde histórico para a companhia. A empresa enfrenta desafios como alta dívida de US$ 7,2 bilhões e volatilidade cambial.
Jerome Cadier, CEO da Latam no Brasil (Foto: Divulgação)
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Jerome Cadier, CEO da Latam no Brasil, abordou a cautela em relação ao acordo de fusão entre Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) durante a apresentação dos resultados do quarto trimestre de 2024. Ele expressou dúvidas sobre a eficácia de uma fusão para resolver problemas de dívida, destacando que a Latam se recuperou do Chapter 11 sem necessidade de concentração de mercado. Cadier enfatizou que as margens operacionais do setor aéreo brasileiro são saudáveis, mas a alta dívida e as taxas de juros elevadas representam desafios significativos.
A Latam reportou um lucro líquido de US$ 272 milhões no quarto trimestre, um aumento de 227,8% em relação ao ano anterior, e um lucro total de US$ 977 milhões em 2024, com crescimento de 67,9%. As receitas operacionais alcançaram US$ 13 bilhões, refletindo um crescimento de 10,6% em relação a 2023. A companhia transportou 82 milhões de passageiros, o maior número registrado, e terminou o ano com um caixa de US$ 1,96 bilhão.
Cadier também comentou sobre a análise que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) fará sobre a fusão, ressaltando a necessidade de medidas de mitigação para evitar um mercado concentrado, que poderia resultar em menos opções para os passageiros e preços mais altos. Ele mencionou que a fusão poderia levar a uma participação de mercado de 60%, com concentrações locais chegando a 90% em algumas cidades, o que requer uma análise cuidadosa.
Além disso, o CEO destacou que a Latam enfrenta desafios como a alta volatilidade do câmbio e a crise na indústria de motores de aeronaves, que afeta a entrega e manutenção de novos aviões. Apesar disso, ele se mostrou otimista quanto à capacidade da Latam de enfrentar esses desafios, buscando alternativas para expandir sua frota e mantendo uma receita saudável, com parte significativa em moeda forte.
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