Latam registra lucro líquido de US$ 355 milhões e crescimento de 37,6% no trimestre

A Latam Airlines registrou lucro líquido de US$ 355 milhões no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 37,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi impulsionado pela alta demanda por transporte aéreo e crescimento nas receitas de carga. O CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, destacou que os resultados refletem o trabalho focado em uma operação eficiente e uma estrutura de capital saudável.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitdar) atingiu US$ 962 milhões, com um crescimento anual de 20,9%. A receita total da companhia foi de US$ 3,411 bilhões, 2,7% maior do que no ano passado, com um aumento de 1,6% nas receitas de passageiros e 9,8% nas receitas de carga. A empresa gerou US$ 585 milhões em fluxo de caixa operacional ajustado e US$ 189 milhões em caixa líquido.

Desafios e Recuperação Judicial

A Latam enfrenta desafios, como a recuperação judicial da Voepass, sua parceira, que entrou com o pedido em abril de 2025. A Voepass, que operava em parceria com a Latam desde 2014, teve suas operações suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) devido a irregularidades. Cadier afirmou que 95% dos passageiros da Voepass foram atendidos, com reembolsos ou remanejamentos para outras companhias.

O CEO ressaltou que a situação financeira da Voepass não é responsabilidade da Latam, que já havia enfrentado pedidos de recuperação judicial no passado. A parceria foi encerrada após um acidente trágico em agosto de 2024, que resultou na morte de 62 pessoas.

Perspectivas de Crescimento

A Latam transportou 21 milhões de passageiros entre janeiro e março de 2025, um aumento de 3,6% em relação ao ano anterior. A companhia espera um crescimento de 7,5% a 9,5% na oferta global de assentos em 2025. A previsão é que a frota aumente de 348 para 371 aeronaves até o final do ano.

O diretor financeiro da Latam, Ricardo Bottas, comentou sobre as mudanças tarifárias nos Estados Unidos, que impactaram apenas os voos domésticos. Ele acredita que a companhia está bem posicionada para minimizar potenciais impactos e manter seus investimentos na região, que totalizam US$ 1,4 bilhão para crescimento e manutenção.