Economia

Fusão entre Azul e Gol pode exigir medidas do Cade, afirma CEO da Latam

Jerome Cadier, presidente da Latam Brasil, expressou confiança no Cade para garantir a competitividade do mercado aéreo. Ele argumentou que a fusão entre Gol e Azul não resolveria o endividamento das empresas, que apresentam boa saúde operacional. Cadier destacou a importância de medidas de mitigação para evitar aumento nos preços das passagens e manter a concorrência. O presidente da Gol, Celso Ferrer, afirmou que a fusão não é essencial para a sobrevivência da companhia. O mercado brasileiro é considerado robusto, com potencial para mais de três companhias aéreas operando simultaneamente.

Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil (Foto: Divulgação)

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Em sua primeira declaração após a divulgação das conversas de fusão entre Gol e Azul, o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, expressou confiança de que o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) adotará medidas de mitigação para manter a competitividade no setor. Ele enfatizou que "não dá para imaginar qualquer formato de combinação de negócio entre as duas que não venha com medidas de mitigação sérias e importantes". Cadier também destacou que a fusão não seria a solução ideal para o endividamento das empresas, uma vez que ambas apresentam margens operacionais superiores à da Latam.

Cadier afirmou que é prematuro discutir o impacto da fusão na aviação brasileira, pois ainda não há detalhes concretos sobre a proposta de combinação de negócios. Ele ressaltou que as autoridades de concorrência no Brasil são competentes e que o Cade realizará uma análise criteriosa. O presidente da Latam também questionou as afirmações do ministro de Portos e Aeroportos sobre a fusão ser benéfica para os consumidores, indicando que o impacto nos preços dependerá da competitividade do mercado.

Sobre a possibilidade de uma empresa a menos no setor, Cadier argumentou que medidas de mitigação são essenciais para garantir a competitividade. Ele observou que o mercado brasileiro é robusto e que a operação das companhias aéreas é saudável, apesar das dificuldades financeiras enfrentadas. "O problema é com o acionista, não com a empresa em si", afirmou, sugerindo que a reestruturação, e não a fusão, seria a solução mais adequada para as questões de endividamento.

Por fim, Cadier comentou sobre a situação do mercado regional e a reforma tributária, que pode aumentar a carga tributária para a aviação. Ele destacou que, embora o Brasil tenha um potencial gigante, o aumento de impostos pode limitar o crescimento do setor. "O preço final que o passageiro vai pagar vai aumentar. É inegável", concluiu, reforçando a necessidade de um equilíbrio na concorrência e a importância de manter um mercado saudável e competitivo.

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