Economia

Classe média é esquecida no mercado imobiliário, que foca em baixa renda e luxo

O mercado imobiliário brasileiro foca em baixa renda e luxo, ignorando a classe média. A classe média, que representa mais de 50% dos lares, enfrenta escassez de lançamentos. A taxa Selic subiu para 13,25%, com previsão de novo aumento para 14,25%. Juros altos dificultam o acesso ao crédito imobiliário, priorizando lançamentos de baixo risco. O valor médio das locações residenciais aumentou 13,5%, complicando a situação da classe média.

CASA PRÓPRIA - Chave na mão: Lula quer transformar o programa em um grande ativo eleitoral (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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O mercado imobiliário brasileiro tem se afastado da classe média, com a maioria dos lançamentos focando em segmentos de baixa renda, investimento e luxo. Um levantamento da Brain/Abrainc, realizado em setembro de 2024, revela que a proporção de lançamentos destinados à classe média caiu de 65% para 45% entre o segundo trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024. Essa mudança ocorre em um contexto onde a classe média, pela primeira vez desde 2015, representa mais de 50% dos domicílios brasileiros.

A explicação para essa desconexão está na atual conjuntura econômica. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 1 ponto porcentual, passando de 12,25% para 13,25%, com previsão de novo aumento para 14,25% na próxima reunião em março. Com a Selic em alta, os juros do crédito imobiliário também aumentam, levando o mercado a priorizar lançamentos de menor risco, como os do programa Minha Casa Minha Vida.

Além disso, as perspectivas para locação não são animadoras. O valor médio dos aluguéis residenciais no Brasil subiu 13,5% em 2024, conforme dados do índice FipeZap. Embora o IGPM tenha desacelerado em janeiro, ele acumula uma alta de 6,75% em doze meses, pressionando ainda mais o orçamento da classe média. Assim, as opções para essa faixa da população se restringem a buscar imóveis menores ou considerar mudanças para cidades com preços mais acessíveis.

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