Ford divulga resultados do quarto trimestre e analistas reagem com cautela sobre 2025

Ford Motor Company está prestes a divulgar seus resultados do quarto trimestre após o fechamento do mercado nesta quarta-feira. As expectativas de Wall Street, conforme estimativas médias compiladas pela LSEG, indicam uma queda de 0,5% na receita automotiva em comparação ao mesmo período do ano anterior, mas um aumento de 13,8% no lucro ajustado por ação. No quarto trimestre de 2024, a montadora registrou R$ 43,2 bilhões em receita automotiva, uma perda líquida de R$ 526 milhões, ou 13 centavos por ação, e um lucro ajustado antes de juros e impostos de R$ 1,05 bilhão, ou 29 centavos por ação.

A Ford enfrenta pressão para apresentar resultados positivos, especialmente após a General Motors ter superado as expectativas do mercado. Em 2024, as ações da Ford caíram quase 20% devido a problemas inesperados com garantias e recalls. O CEO da Ford, Jim Farley, expressou otimismo, afirmando: "Estou realmente animado com este ano porque é a chance da Ford de assumir nosso futuro e ter um desempenho financeiro como deveríamos." A empresa também deve abordar o impacto de tarifas adicionais de 10% sobre produtos da China e possíveis tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e México.

Os analistas de Wall Street permanecem céticos quanto ao potencial de crescimento da Ford no curto prazo, após a empresa ter apresentado uma perspectiva mais fraca do que o esperado para 2025. Embora a Ford tenha superado as expectativas de lucro e receita no quarto trimestre, sua orientação para 2025 sugere "ventos contrários relacionados a fatores de mercado." A previsão inclui uma redução de R$ 1 bilhão em custos de materiais e garantias, mas não considera desafios relacionados a políticas ou tarifas da nova administração presidencial.

As ações da Ford caíram 6,4% nas negociações pré-mercado após os resultados. O analista Mark Delaney, do Goldman Sachs, manteve a classificação de compra com um preço-alvo de R$ 11, sugerindo um potencial de alta de 9,9%. Por outro lado, o analista Colin Langan, do Wells Fargo, manteve uma classificação de subponderação e um preço-alvo de R$ 8, expressando preocupações sobre a orientação de fluxo de caixa livre da Ford, que considera "conspicuosamente fraca."