Economia

Planilha de influenciadores revela críticas e desafios do mercado publicitário

Planilha anônima expôs avaliações de influenciadores como Anitta e Ivete. Repercussão gerou defesas de influenciadores, como Malu Borges e Rafa Uccman. Especialistas veem potencial para acelerar a profissionalização do setor. Diferenças entre métricas de vaidade e engajamento foram evidenciadas. Marcas estão priorizando microinfluenciadores e humanização de conteúdos.

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Jade Picon, Gil do Vigor, Malu Borges e Rafa Uccman (Foto: Reprodução)

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Uma planilha criada por profissionais da publicidade ganhou destaque nas redes sociais ao expor avaliações sobre influenciadores digitais. Nela, funcionários de agências comentaram sobre suas experiências com nomes como Anitta, Ivete Sangalo e Gil do Vigor, revelando que, embora alguns tenham recebido notas positivas, a maioria foi criticada por falta de profissionalismo e atrasos nas entregas. A repercussão da planilha trouxe à tona discussões sobre a profissionalização dos influenciadores e a compreensão das marcas sobre os resultados que cada tipo de criador pode oferecer.

Especialistas em marketing de influência afirmam que a viralização da planilha pode acelerar a discussão sobre a relação entre influenciadores, marcas e agências. Mariana Munis, professora de Marketing, destacou a "grande imaturidade" entre os agentes do mercado, apontando que marcas e agências muitas vezes não reconhecem as diferenças entre influenciadores e suas respectivas métricas. Ela enfatizou que influenciadores têm outras obrigações e que as expectativas de prazos curtos podem ser inadequadas.

Rafael Terra, professor de marketing digital, observou que a reputação dos influenciadores já era conhecida nos bastidores. A planilha, ao atingir o público geral, pode incentivar mudanças necessárias, como a profissionalização dos criadores de conteúdo. Além disso, a planilha levantou questões sobre o custo elevado de grandes influenciadores em relação aos resultados obtidos, com alguns não convertendo visualizações em vendas significativas.

A professora Alessandra Marassi explicou que as marcas frequentemente se atraem por métricas de "vaidade", como número de seguidores, sem entender que isso não garante vendas. Ela recomenda que as empresas busquem influenciadores com métricas de engajamento mais sólidas. As tendências atuais indicam um foco crescente em micro e pequenos influenciadores, além da transformação de funcionários em defensores da marca, refletindo uma mudança na abordagem do marketing de influência.

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