07 de fev 2025
Escândalo da eFishery abala confiança no ecossistema de startups da Indonésia
A eFishery, startup indonésia, enfrenta investigação por fraude financeira. A empresa superavaliou receitas em quase $600 milhões, segundo denúncias. FTI Consulting foi contratada para revisar a situação financeira da eFishery. O escândalo pode impactar negativamente o ecossistema de startups na Indonésia. Especialistas acreditam que a crise pode levar a um aumento na diligência dos investidores.
"EFishery \"deveria ser um reflexo do que o ecossistema local poderia fazer, do que os fundadores indonésios poderiam fazer. Esta deveria ser uma das melhores empresas do Sudeste Asiático. Esta deveria ser uma vencedora,\" disse Justin Hall, parceiro da Golden Gate Ventures, à CNBC. (Foto: Dimas Ardian | Bloomberg | Getty Images)"
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A indústria de startups do Sudeste Asiático enfrenta um período desafiador, agravado por um escândalo envolvendo a eFishery, uma das principais empresas do setor na Indonésia. A startup, que se destacou no segmento de agritech e recebeu investimentos de grandes nomes como SoftBank Group e Temasek Holdings, está sob investigação por supostas práticas financeiras inadequadas. Um relatório preliminar sugere que a empresa pode ter inflacionado suas receitas em quase 600 milhões de dólares nos nove meses até setembro de 2024, enquanto alegou um lucro de 16 milhões de dólares, quando na verdade teria registrado uma perda de 35,4 milhões de dólares.
Em resposta à situação, o conselho da eFishery anunciou a contratação da FTI Consulting para gerenciar a empresa durante a investigação. A situação é um duro golpe para a confiança dos investidores na Indonésia, que já enfrentava um cenário de queda no volume de negócios e no valor total de investimentos. Em 2024, o volume de negócios na região caiu 10,3% em relação ao ano anterior, enquanto o valor total despencou 41,7%, totalizando 4,56 bilhões de dólares. Esses números refletem apenas 54,6% do capital levantado no auge da pandemia em 2020.
A crise atual é vista como um reflexo de expectativas excessivas em relação ao potencial do mercado consumidor do Sudeste Asiático, que não se concretizou como previsto. Kevin Aluwi, cofundador da Gojek, destacou que muitos investidores superestimaram a capacidade de crescimento e a frequência de transações no mercado. A falta de saídas viáveis para os investidores também é um problema significativo, com Krish Sridhar, CEO da Know, apontando que a diversidade de regulamentações e idiomas na região torna os negócios mais complexos.
Embora o escândalo da eFishery tenha gerado incertezas, especialistas acreditam que pode haver um lado positivo. Justin Hall, da Golden Gate Ventures, sugere que a situação pode levar a uma maior diligência na governança e na avaliação de investimentos. Para que o ecossistema de startups do Sudeste Asiático se recupere, será crucial que ocorram mais saídas bem-sucedidas, permitindo que os investidores recuperem seus investimentos. A região, apesar dos desafios, continua a ser um mercado promissor, com potencial para formar empreendedores mais experientes e resilientes.
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