12 de fev 2025
BofA mantém recomendação de compra para Brasil, mas vê Argentina com mais oportunidades
O Bank of America mantém visão otimista sobre o Brasil, destacando falta de alternativas. A Equatorial (EQTL3) foi adicionada à carteira, focando em crescimento do Ebitda. Argentina é a maior exposição do BofA, com catalisadores como desinflação e FMI. O banco projeta Selic em 15,25%, prevendo compressão nas taxas em breve. Países andinos superam média da América Latina, com foco em Chile e Colômbia.
Foto: Reprodução
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Os estrategistas do Bank of America (BofA) mantêm uma posição acima da média (overweight) em relação ao Brasil, em comparação com o índice de referência MSCI LatAm. Essa escolha é impulsionada pela escassez de alternativas na América Latina. No entanto, a alocação setorial do banco é defensiva, com o México apresentando uma exposição em linha com o mercado (marketweight), apesar das incertezas políticas e das avaliações descontadas. A Argentina, por sua vez, é vista como um país com os maiores catalisadores na região, incluindo desinflação e um potencial acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
O BofA destaca que a América Latina superou os mercados globais em 2024, em parte devido a uma posição leve no início do ano. Os analistas David Beker e sua equipe acreditam que algumas empresas da região podem se beneficiar das tensões comerciais globais. No Brasil, o foco está em empresas defensivas, como bancos, seguradoras e construtoras de baixa renda, que apresentam menor risco de queda de lucros em um ambiente de altas taxas de juros. O banco projeta que a Selic atinja um pico de 15,25%, enquanto o mercado espera quase 15,75%.
Recentemente, o BofA adicionou a Equatorial (EQTL3) à sua carteira, priorizando a desalavancagem e o crescimento do Ebitda. A Argentina é a maior exposição do portfólio do BofA na América Latina, com foco em bancos e energia, apesar da queda de 6,3% no MSCI Argentina. O banco acredita que a realização de eleições e a desregulamentação de riscos podem ser fundamentais para a remoção de controles de capital, especialmente com um potencial acordo com o FMI até 25 de abril.
Nos países andinos, o BofA observa que Chile e Colômbia superaram a média da América Latina, com o IPSA e Colcap apresentando altas de 12% e 18%, respectivamente. O banco tem exposição ao Chile por meio do Santander Chile, enquanto mantém uma posição abaixo da média (underweight) no país e não possui exposição na Colômbia. Para o México, a posição é marketweight, com a expectativa de que não haja tarifas dos EUA, dado o esforço do país em questões de segurança e restrições a investimentos chineses.
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